Arquivo | setembro 2019

Falando de Psicologia … (27) – Dificuldades com os exercícios escolares.

 Dificuldades com os exercícios escolares

Acredito que, para a grande maioria dos pais de crianças que estudam, os exercícios escolares representem uma fonte de preocupação das mais incômodas. É que muitas crianças se recusam a fazer o chamado “para casa”, a menos que os pais tomem certas providências.

As perguntas mais comuns feitas a esse respeito, são:

  • Por que certas crianças têm tanta má vontade para fazer os exercícios de casa?
  • Quando as crianças não querem estudar, devemos forçá-las a isso?
  • Devemos dar presentes a uma criança quando ela fizer, sozinha, os deveres de casa?

Analisando estas perguntas, verificamos que existe um ponto comum entre elas. Ou seja, enquanto muitos pais dão um grande valor aos exercícios escolares, seus filhos já não pensam assim.

E como essas crianças devem ser tratadas para que se interessem pelo estudo?

Vou falar, mais especificamente, do significado que exercícios escolares podem ter, de acordo com a percepção de muitas pessoas (não só pais, como também certos professores).

Nas nossas escolas, todas as crianças devem levar para fazer em casa, diariamente, alguns exercícios relativos à matéria que está sendo ensinada pela professora. A finalidade primordial dessa tarefa é facilitar a aprendizagem da criança através de um parcelamento do programa. Assim, os deveres de casa constituem a maneira mais usada para proporcionar um conhecimento gradativo e crescente de tudo aquilo que se deve aprender na escola. Encarando a questão sob esse prisma, veremos que as crianças têm muito a lucrar com a confecção dos exercícios escolares. Tudo vai depender, no entanto, da maneira pela qual os pais vêem o estudo. Através de alguns exemplos, aparentemente exagerados, tentarei mostrar que a questão dos exercícios escolares não é tão simples como pode parecer.

  1. Os exercícios ocupam todo o tempo da criança. Muitas vezes, a criança leva tanto exercício para fazer em casa, que não lhe sobra tempo para outras atividades de seu interesse, como brincar ou assistir televisão, por exemplo. Mas, pode ocorrer, também, que certos pais, ansiosos pelo bom rendimento escolar do filho, passem a encarar os exercícios como um meio pobre e insuficiente para uma aprendizagem eficaz. Eles exigem, então, que a criança estude muito mais do que deveria, ocupando todos os seus momentos de folga. Isto é, mesmo depois de terminado o “para casa”, ela não tem permissão para fazer outra coisa, a não ser estudar. A criança quase não brinca e o cansaço pode provocar uma aversão pelos estudos.
  2. Os exercícios podem trazer alegria ou tristeza para a criança, sob a forma de recompensa ou castigo. Em alguns casos, a criança já está tão acostumada a exigir presentes e excesso de atenção dos pais, que o ato de estudar passa a constituir mais um pretexto para obter vantagens. E, até mesmo os exercícios escolares perdem seu valor real para significar, apenas, mais um meio que a criança utiliza para manipular os pais. De modo análogo, os exercícios podem constituir uma fonte de preocupação para a criança, já que muitos pais castigam severamente os filhos que não estudam como eles esperavam. E, o pior de tudo, é que os castigos, quando são aplicados nestas circunstâncias, geram tensão. E a tensão prejudica demais a aprendizagem.
  3. Os exercícios fazem com que a criança se sinta sempre avaliada. Ao invés de fazer parte de um contexto tranquilo, os exercícios provocam críticas constantes, deixando a criança insegura, pois os menores erros são ampliados, principalmente quando o adulto rotula a criança de incapaz, perdendo a paciência na hora de ensinar-lhe algo. E as observações comuns da professora (“capriche na letra”, “preste mais atenção…”) representam, para certos pais, uma verdadeira sentença para a situação de seus filhos como estudantes.
  4. Os exercícios trazem outras dificuldades para a criança. Pode ocorrer que ela tenha um irmão que sobressaia nos estudos e isso seja motivo de comparações e cobranças. Há casos em que os pais revivem, na hora de ajudar os filhos, velhas angústias de seu tempo de estudantes. É evidente que a hora do “para casa” não é algo desejado pela criança. 

Outros exemplos poderiam ser lembrados, mas o importante é ressaltar que paciência, respeito, discernimento, capacidade de orientação e muito amor são atributos que todos nós precisamos cultivar, sobretudo quando o objetivo é tornar nossos filhos pessoas mais felizes e produtivas.

 

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Falando de Psicologia … (26) – Criança e religião.

  Criança e religião

A religião desempenha um papel importante na vida da maior parte das pessoas. Quase todas as crianças, numa cultura como a nossa, são influenciadas (direta ou indiretamente) por práticas, ideias e crenças religiosas, até mesmo quando não recebem instrução religiosa formal. Existem estudos mostrando que a criança é mística, contemplativa e imitativa por natureza. Através da ação imitativa ela vai construindo seu conhecimento. A ação da criança, até os seis anos, tem a sua origem na ação dos adultos com os quais convive, dependendo deles e neles se inspirando. Eles são seus pontos de referência. Assim se estabelece uma relação de confiança, admiração e imitação entre a criança e os adultos de seu relacionamento, o que se evidencia também no tocante ao desenvolvimento e à vivência da fé.

A religião significa coisas diferentes, conforme a idade da criança. Antes dos seis anos as crianças se apegam aos pais por laços de amor, admiração e dependência. Gostam de brincar de casinha fingindo-se de mãe, pai ou filho. Quando vêem um animal, querem logo saber qual é o “pai” e qual é a “mãe”. Assim, as relações de família fornecem a principal estrutura e a primeira noção de conteúdo, em sua vida.

As crianças pequenas recebem o seu conceito de Deus diretamente dos pais. Se eles O concebem de forma muito rigorosa, é assim que Ele será imaginado. Se acreditarem que Ele é bom, da mesma forma pensará o filho. As crianças assimilam que Deus gosta delas e quer que sejam boazinhas. Muitos pais falam de Deus com o intuito de reforçar a sua filosofia de moralidade e disciplina. Portanto, as ideias e imagens religiosas de uma criança são influenciadas por suas experiências da vida cotidiana. A sua concepção dos atributos de um Deus paternal será influenciada, de forma clara ou não, por sua percepção dos atributos de seus próprios pais ou de outras pessoas que desempenham papéis paternais. As experiências concretas, para as crianças mais novas, determinam quais serão suas ideias no plano religioso. Isso mostra a extensão da nossa responsabilidade no que se refere ao desenvolvimento da fé de nossos filhos.

Para ilustrar o quanto a imitação está presente na infância, vou narrar um episódio ocorrido há algum tempo. Durante um encontro de preparação para o batismo, falávamos sobre a importância da oração, na vida de cada um de nós, e de como o exemplo dos adultos é essencial para sensibilizar a criança na sua busca de Deus. Uma jovem senhora, cujo filho seria batizado na semana seguinte, contou-nos algo muito interessante. Seu filhinho, então com oito meses de idade, estava “começando a rezar”, segundo ela. Isso porque o bebê, no colo da mãe, imitava, com a boquinha, os movimentos dos lábios e os sons que ela emitia, toda vez que ficavam diante de seu oratório. Essa jovem, desde que o garotinho nasceu, tinha o costume de levá-lo diante da imagem de Nossa Senhora, e sempre rezava uma Ave Maria, pedindo proteção para o filho. Uns dois meses depois, ele começou a imitá-la de forma bem clara. E mesmo que a mãe ficasse em silêncio, ele murmurava algo, como se estivesse rezando (sempre diante do oratório). Naturalmente, esse bom exemplo da mãe foi reforçado com as devidas explicações no momento oportuno, à medida que a criança foi crescendo.

Muito se poderia dizer sobre a imitação, no processo de aprendizagem, de um modo geral. Aos poucos o indivíduo vai se firmando nas suas atitudes e sua personalidade começa a se fortalecer. Dependendo das vivências familiares, as crianças alcançarão um amadurecimento nas mais diferentes áreas, incluindo a religiosa. E sua atitude crítica mostrará até que ponto seus pais se mostram coerentes naquilo que falam e fazem. Desta experiência depende muito o futuro religioso dos filhos. Portanto, da mesma forma que é necessário se pensar na sua herança material e cultural, não se pode negligenciar seu patrimônio espiritual. Esse cuidado irá refletir no equilíbrio do indivíduo, como um todo.

 

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Brigadeiro de morango, de copinho.

           Brigadeiro de morango, de copinho

  • 2 latas (ou caixinhas) de leite condensado.
  • 1 caixinha de gelatina sabor morango.
  • 1 colher (sopa) de manteiga ou margarina.
  • 2 gemas passadas na peneira.
  • 1 caixinha de creme de leite.

Dissolva a gelatina em meio copo de água e leve ao microondas por 30 segundos, só para dissolver a gelatina.

Junte aos demais ingredientes, menos o creme de leite.

Leve essa mistura ao fogo, numa panela de fundo grosso, para o doce não agarrar durante o preparo.

Mexa o tempo todo, até soltar da panela. Retire do fogo e acrescente o creme de leite, misturando até ficar homogêneo.

Deixe o doce esfriar um pouco e coloque em tacinhas descartáveis, enchendo até um pouco mais da metade das mesmas.

Quando a superfície do brigadeiro estiver firme, decore com raspas de chocolate branco.

Na hora de servir, coloque cubinhos de morango fresco, sobre as raspas de chocolate branco – para decorar e para dar contraste com o sabor doce do brigadeiro.

Observações:

Não precisa ficar na geladeira, pois esse docinho acaba muito rápido, já que agrada a crianças e adultos!

Rendimento: 18 a 24 tacinhas, dependendo do volume das mesmas.