Aprendendo a amar verdadeiramente

 

            Aprendendo a amar verdadeiramente 

A realização na vida afetiva é, sem dúvida, um dos maiores prazeres humanos. Associar casamento e amor verdadeiro costuma ser uma das metas da grande maioria dos casais, de qualquer faixa etária ou classe social. No entanto, por mais que se publiquem livros sobre o assunto, nunca é demais abordar esse tema. Por isso mesmo, vou tecer alguns comentários que poderão tornar mais claras as implicações de uma vida conjugal harmoniosa e gratificante.

Quando o vínculo entre duas pessoas se aprofunda, surge a possibilidade de se conhecerem tal como são, de fato. Qualidades e defeitos, acertos e erros, ficam mais perceptíveis. Pode começar aí, um delicado processo de aprendizagem no que se refere ao relacionamento conjugal.

Todos nós reagimos de um modo particular porque temos histórias e características pessoais diferentes. Por outro lado, ocorrem semelhanças em muitas histórias de vida, além de estarmos submetidos ao mesmo conjunto de influências sociais. Todo esse contexto pode gerar afinidades ou desavenças no dia-a-dia do casal. Dependendo da disponibilidade em aceitar o outro, até mesmo as diferenças podem propiciar oportunidades de crescimento e evolução. Para que isso ocorra, precisamos nos abrir para as necessidades do nosso cônjuge, compreendendo-o e respeitando sua individualidade. À medida que amadurecemos emocionalmente, percebemos melhor nossas limitações e arestas, de tal forma que fica mais fácil identificar até onde precisamos mudar, ou não. Essa conscientização pode nos tornar indivíduos melhores, mais suaves, mais harmônicos, mais integrados.

Muitas pessoas acreditam que para alguém amar, seja necessário evitar sentimentos ruins, ou negativos. Ora, magoar e ser magoado, sentir e provocar raiva, ignorar e ser ignorado, tudo isso faz parte da construção do aprendizado do amor. O importante é perceber que podemos experimentar sentimentos contraditórios, desde que tenhamos a humildade de reconhecê-los e, em seguida, superá-los. Para isso, precisamos estar abertos ao diálogo e ao perdão. A edificação de um lar harmonioso passa pela capacidade de respeitar opiniões contrárias, não guardar ressentimentos, saber ouvir com o coração, além de não exigir que nosso cônjuge mude, somente para nos agradar. Às vezes é pelo silêncio de um de nós que o outro recupera a calma, perdida durante um momento de atrito. E a reconciliação fica completa quando, oportunamente, ocorre um diálogo que leve ao entendimento gratificante. Para ilustrar isso, vou citar o verso de uma canção que diz mais ou menos assim: “quero deitar no seu abraço e retomar o pedaço que falta no meu coração”. Digo isso porque todo casal fica feliz quando supera suas desavenças e se reconcilia.

Do ponto de vista prático, posso citar alguns exemplos de atitudes que favorecem uma boa convivência. São os seguintes:

  • Não competir para ter razão. Se os dois estão irritados, fazer todo o possível para não brigar. É mais prudente e proveitoso fazer silêncio e esperar o momento adequado para um diálogo.
  • Não fazer referência a erros passados. Essa espécie de contabilidade só afasta o casal e reabre antigas feridas, impedindo que cicatrizem.
  • Ao cometer um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas.
  • Não descuidar das manifestações de afeto, qualquer que seja o tempo de vida conjugal.
  • Valorizar as qualidades do(a) parceiro(a), pois todos nós apreciamos um reconhecimento sincero.
  • Ser atencioso e solidário com o outro, no cotidiano – quer nas dificuldades ou nas aspirações.

Há muitas outras sugestões que poderiam ser lembradas aqui, mas não creio que seja necessário me alongar. O mais importante é ter clareza de que o bom convívio de um casal requer desprendimento e muita reciprocidade nos valores essenciais (confiança, respeito, dedicação etc). Há que se investir o tempo todo no relacionamento. Só assim poderemos merecer a ventura de saborear, por inteiro, as alegrias proporcionadas pela chegada de nossos filhos e netos!

Para finalizar, gostaria de citar uma frase da Madre Teresa de Calcutá, quando ela diz que “é fácil amar os que estão longe, mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado”.

E São Paulo nos diz “E é isto o que eu peço: que vosso amor cresça cada vez mais, em conhecimento e em sensibilidade, a fim de poderdes discernir o que mais convém.” (Filipenses 1,9).

Sim, eu creio nessas palavras! O amor pode se intensificar e aumentar com o passar do tempo. Por isso mesmo, coloquei o título desse artigo no gerúndio…

 

 

4 ideias sobre “Aprendendo a amar verdadeiramente

  1. Bom dia Heloísa, lendo os seus textos, me fez refletir, o qto Deus tem te abençoado para ajudar outras pessoas, pq a verdadeira sabedoria vem de Deus, e quantos conselhos sábios vc tem deixado aqui no seu blog. Eu louvo a Deus pela sua vida e q continue essa pessoa maravilhosa q és. Um grande abraço!!

    • Suas palavras servem de ótimo estímulo para que eu continue postando textos no meu blog, querida Ana! Fico muito feliz por você ter gostado, pois sua opinião é muito importante para mim! Um abraço bem carinhoso pra você!

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