Falando de Psicologia – (45) – A agressividade na infância.

A agressividade na infância

Toda criança tende a ser um pouco agressiva, sobretudo quando começa a socializar-se. Nos primeiros anos de vida, por não dominar os recursos da linguagem, a criança expressa a sua agressividade através de gritos, choro ou até com agressões físicas. Com o passar do tempo, os impulsos agressivos não desaparecem. No entanto, a criança aprende com os adultos que existem outras formas de obter o que se deseja, seja através da partilha ou da negociação.

Para facilitar o entendimento, vou falar sobre as causas da agressividade infantil e, em seguida, darei sugestões visando uma postura mais adequada, por parte dos pais.

O que acentua a agressividade infantil?

Causas internas:

  • Dificuldade para lidar com as emoções.
  • Mágoas ou ressentimentos (em crianças maiores).
  • Baixa auto-estima.
  • Sentimento de rejeição.
  • Ciúme (de um irmão ou até mesmo de um colega, quando a agressividade aparece mais na escola).
  • Insegurança, de um modo geral.
  • Problemas psíquicos (ou psicológicos) mais sérios.

            Causas externas:

  • Ambiente familiar e/ou social (brigas entre os pais, violência nos mais diversos níveis).
  • Ausência de limites (superproteção).
  • Autoritarismo (de pais ou professores).
  • Pais ausentes.
  • Ambientes marcados pela rivalidade e competição.
  • Quando os filhos são estimulados a resolver conflitos recorrendo a comportamentos agressivos.
  • Quando um comportamento é punido, num dado momento, e ignorado no momento seguinte (a criança fica confusa, pois não sabe distinguir o certo do errado).
  • Experiências de perda.
  • Mudanças de comportamento pós-traumáticas.

Como lidar com a agressividade infantil?

Tanto no caso da agressividade verbal (por meio de palavras), quanto no caso da agressividade física, a conduta dos pais é de suma importância para ajudar uma criança na obtenção de equilíbrio nas suas atitudes. Eu gostaria de sugerir a cada pai ou mãe:

  • Faça de sua casa um lugar bem tranqüilo.

–   Converse e seja paciente (mesmo que a criança ainda não entenda bem o conteúdo, ela entende o tom de voz – comunicando aceitação e transmitindo segurança).

  • Com crianças maiores, esqueça o discurso repreensivo. Procure ouvir e entender, sem acusar.
  • Você não é obrigado a concordar com os argumentos de seu (sua) filho(a) e pode lhe dizer isso. Mas não precisa criticá-lo(a), apenas ensinar-lhe outras maneiras de descarregar a raiva. Assim, não se trata de reprimir, mas de orientar a expressão de sentimentos.
  • Coloque limites e diga não quando for necessário, mas sempre acompanhado de uma explicação.
  • Reserve um tempo para brincar com seu (sua) filho(a).
  • Atividades esportivas e lutas (como judô e outras) ajudam a direcionar a energia para um objetivo mais socialmente aceito. Deixe que a criança participe da escolha da atividade, junto com você.
  • Principalmente: dê amor, atenção e bons modelos. A criança precisa saber que vale a pena ser boa, que é muito importante pedir desculpas ou perdoar. Podemos mostrar tais valores através da nossa formação cristã, aliada aos conhecimentos proporcionados pela psicologia.
  • Não se esqueça de trocar idéias com o pediatra da sua confiança. Há casos em que se faz necessária uma ajuda profissional (de um psicólogo ou de um psiquiatra).

 

 

 

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