Saudade do que não foi, mas poderia ter sido…
Hoje, dia 30 de junho de 2020, meu marido, Ruy Miranda, estaria completando 80 anos de idade.
Há quase 5 anos ele partiu para o reino de Deus , deixando uma saudade tão grande, que nenhuma palavra é suficiente para descrever…
Tínhamos muitos sonhos por realizar…
Dois tipos de herança que valorizo muito, o Ruy me deixou: a família que constituímos e nosso alto conceito na vida profissional, como psicoterapeutas.
Choro, sim, mas de saudade. Saudade de uma vida inteira junto de alguém com os mesmos valores que carrego comigo, mas com características pessoais quase antagônicas. Eu digo “quase”, porque nossas aparentes incongruências se complementavam de forma absolutamente satisfatória e surpreendente, ao mesmo tempo. Essa aparente dualidade nos atraiu durante décadas – mais precisamente – de 1959 a 2015 – ou seja, dos meus 14 anos até meus 70 anos…. E hoje, do alto dos meus bem vividos 75 anos, basta fechar os olhos e pensar no Ruy – imediatamente eu consigo acessar nossas melhores lembranças – da época de namoro, noivado e casamento…. Ao abrir os olhos, posso vê-lo através de nossos filhos e netos, seja nos traços físicos, seja em certas atitudes…..
E eu, romântica inveterada que sou, tento “congelar” tais momentos, como se eles não pudessem se ETERNIZAR na minha memória!!!