Pastel português (ou rissole).

Pastel português (ou rissole)

Ingredientes:

Massa:

  • 2 copos de leite (500 ml). Ou substitua por 1 copo de leite e 1 copo de caldo de galinha.
  • 2 copos de farinha de trigo.
  • 1 colher (sopa) de margarina.
  • 1 colher (sopa) de queijo ralado.
  • 1 gema crua (sem a película e bem dissovida no leite frio).
  • 1 colher (chá) de sal.
  • Recheio: pode ser de frango, de carne, de palmito ou de camarão.

Modo de fazer:

Coloque o leite numa panela, com os demais ingredientes da massa, menos a farinha de trigo.

Quando essa mistura ferver, adicione a farinha de trigo toda de uma vez e mexa bastante, até o angu que se formou, se desprender da panela.

Despeje a massa sobre a bancada e, quando esfriar, amasse bem; abra com um rolo e corte com o auxílio de um cortador redondo, com 8 cm de diâmetro, mais ou menos. Ou com o auxílio de um pires de café.

Coloque o recheio e feche os pastéis, apertando as bordas com as mãos.

Passe em ovos leve depois em farinha de rosca, para empanar.

Frite em óleo pré aquecido.

Coloque os pastéis sobre papel toalha, para que fiquem sequinhos.

Sirva quentes, na hora do lanche.

 

 

Torta gelada de limão.

Torta gelada de limão

Massa:

  • 2 xícaras (chá) de farinha de trigo.
  • 150 g de manteiga gelada.
  • 6 colheres (sopa) de água gelada.

Junte os 3 ingredientes com as pontas dos dedos e espalhe a massa – bem fininha – num pirex ou refratário. Fure com um garfo e leve ao forno moderado (180 graus) durante 15 minutos, ou até que a massa esteja bem assada.

Recheio:

  • 2 latas de leite condensado.
  • 2 copos de iogurte natural.
  • Meia xícara (chá) de suco de limão.

Bata no liquidificador.

Coloque sobre a massa (assada e fria).

Cobertura:

  • 4 claras em neve.
  • 8 colheres (sopa) de açúcar refinado.
  • 1 lata de creme de leite.

Bata levemente e cubra a torta.

Leve ao congelador.

Na hora de servir, retire do congelador uns 10 minutos antes.

E depois mantenha a torta no congelador.

 

Vatapá à mineira.

Ingredientes:

  • 2 quilos de camarões grandes, limpos e eviscerados.
  • 1 quilo de camarões pequenos, próprios para molho.
  • 250 g de farinha de arroz.
  • 1 lata (pequena) de extrato de tomate.
  • 2 vidros (pequenos) de leite de coco.
  • 1 litro e meio de leite comum.
  • 6 cebolas grandes, raladas.
  • 250 ml de azeite de oliva.
  • 8 tomates bem maduros picados (sem pele e sem sementes). Ou 2 latas de tomates pelati (pelados).
  • Temperos diversos para os camarões ainda crus: pouco sal, 6 dentes de alho bem socados, azeite, raspas de 2 limões tahiti, pimenta do reino moída na hora. Temperar de véspera e manter na geladeira.
  • Óleo para refogar os camarões.

Nota: eu prefiro colocar em recipientes diferentes, os camarões grandes e os pequenos. Isso porque os maiores são para compor o prato, sendo metade para decorar na hora de servir e metade para misturar ao vatapá.

Já os camarões pequenos, são para dar sabor, principalmente.

Os temperos citados dão para todos os camarões.

Modo de fazer:

Refogue os camarões grandes em azeite, até que mudem de cor. Desligue o fogo, junte uma lata de tomates pelati picados e reserve. Frite metade das cebolas raladas e misture aos camarões grandes reservados.

Ferva um litro de leite e misture, a ele, meio litro de leite frio onde se dissolveram o extrato de tomate, a farinha de arroz e um vidro de leite de coco.

Em fogo baixo, vá mexendo essa mistura até ficar bem cremosa. Acrescente azeite e sal a gosto. Se empelotar, use um mixer, ou bata no liquidificador.

À parte, frite a outra metade das cebolas raladas em azeite e adicione aos camarões pequenos. Junte a outra lata de tomate pelati, verifique o tempero e misture ao creme que ficou reservado.

Mexa  bem e desligue o fogo quando o vatapá adquirir uma consistência de um creme bem firme.

Na hora de servir, aqueça a panela e adicione um pouco de água e leite de coco até obter o sabor e a consistência do seu agrado.

Coloque metade dos camarões grandes que ficaram reservados, misture e confira o tempero.

Use um recipiente fundo, para servir e, por cima do vatapá, coloque azeite e a outra metade dos camarões grandes.

Sirva bem quente, acompanhado de arroz simples, batata palha e salada de folhas diversas. Deixe um vidro de pimenta ao lado, para as pessoas se servirem.

Bom apetite!

 

Torta aos 3 chocolates.

Torta aos 3 chocolates.

Ingredientes:

  • 120 g de chocolate meio amargo.
  • 120 g de chocolate ao leite.
  • 120 g de chocolate branco.
  • 5 gemas peneiradas.
  • 1 ½ xícara (chá) leite.
  • 2 colheres (sopa) rasas, de açúcar, para adoçar o creme de baunilha.
  • 1 colher (chá) de essência de baunilha.
  • 1 colher (sopa)de gelatina em pó, incolor.
  • ¼ de xícara (chá) de água.
  • 1 embalagem (500 g) de creme de leite fresco.
  • ¼ de xícara (chá) de açúcar refinado (para adicionar ao chantilly). 

Modo de fazer:

  1. Em recipientes separados, derreta cada um dos chocolates – no micro-ondas ou em banho-maria. Reserve.
  2. Prepare o creme de baunilha: misture o leite, as gemas, o açúcar e a baunilha. Leve ao fogo baixo e deixe cozinhar, mexendo sempre, até o creme ficar encorpado. Retire do fogo, adicione a gelatina dissolvida em água e no micro ondas, e deixe esfriar, colocando a panela sobre um recipiente com água gelada. Continue mexendo com a colher, para não criar nata.

Quando esfriar, reserve.

  1. Na batedeira, bata o creme de leite fresco até ficar como chantilly. Adicione o açúcar (uma xícara) e bata mais um pouco, só para incorporar.
  2. Misture os dois cremes e distribua partes iguais sobre os 3 chocolates derretidos.

Montagem:

Em uma forma untada com óleo de milho, derrame o chocolate meio amargo, misturado aos cremes. Leve ao congelador (ou freezer) até ficar firme.

Repita o procedimento com o chocolate branco e, por último, o chocolate ao leite – ambos misturados aos cremes.

Depois de pronta a sobremesa, cubra com plástico filme até a hora de servir,

Desenforme com cuidado, sobre um prato bem bonito.

Se quiser servir na consistência de sorvete, deixe no congelador por meia hora.

Se quiser, faça uma calda de chocolate para colocar um pouco sobre cada pedaço.

O que não for consumido, mantenha na geladeira.

 

Observação: a ordem dos chocolates, na forma, é você quem escolhe.

Importante: na torta da foto eu fiz o dobro desta receita.

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Perplexidade diante da morte.

Perplexidade diante da morte. 

Cada vez me convenço mais de que as respostas para a perplexidade diante da morte estão dentro de nós…

Cada pessoa experimenta sentimentos – os mais diversos – sobre a questão da finitude. Mas isso todo mundo sabe. Por isso mesmo, vou tentar descrever o que se passa comigo, HOJE.

O que a ideia da morte evoca em mim?

  • Desejos/sonhos, de que a morte não existisse. Sei que é uma utopia, mas sou tão sonhadora que me permito essa fantasia.
  • Mesmo admitindo a certeza da morte, não posso evitar mais uma fantasia: nada de violência, de doenças incuráveis e assim por diante…
  • Por que idealizo algo tão impossível?
  • Por que não me satisfaço com os milhares de explicações que todos nós conhecemos?
  • Por mais contraditório que possa parecer, tenho certeza da existência de Deus e de sua misericórdia, mas minhas indagações continuam, como se eu quisesse modificar os ensinamentos bíblicos que tanto valorizo. Quanta ousadia da minha parte!!!
  • Qual o porquê que tanto busco, desde meus quatro anos de idade?

Pode parecer clichê, mas existe uma afirmativa que faz todo sentido para mim: o quanto é importante e necessário sermos cuidadosos em relação a nós mesmos e aos outros!!!

Sob todos os aspectos………

 

Pudim de claras.

 

Pudim de claras

Ingredientes: 

  • 1 copo, dos de requeijão (250ml), de claras (são 6 a 8 claras, dependendo do tamanho dos ovos).
  • 12 colheres (sopa) de açúcar refinado.
  • Calda de caramelo para “untar” a forma (calda feita com 2 xíc. de açúcar e meia xíc. de água. Ou então, compre Karo e use, revestindo todo o interior da forma).

Misture o açúcar às claras. Leve ao fogo, em banho-maria, até aquecer a mistura. Só depois disso é que você irá bater na batedeira. Bata até ficar com a consistência de um suspiro cremoso, mas não firme demais. Isso porque, se batermos em excesso, o pudim irá crescer muito e derramar, além de ficar oco e seco.

Acrescente uma pitada de fermento em pó e bata mais um pouco.

Coloque, às colheradas, numa forma de pudim (24 cm de diâmetro, mais ou menos), devidamente caramelizada. Polvilhe a superfície do pudim com açúcar refinado (isso evitará que o pudim ultrapasse os limites da forma, além de proporcionar uma coloração mais bonita).

Asse em banho-maria (coloque a forma dentro de uma assadeira, com água). O forno deve ser pré-aquecido a 150ºC. O tempo para assar varia de 20 a 30 minutos, dependendo da potência do forno. Quando o pudim está assado, a superfície fica firme e corada. Depois de assado, deixe a porta do forno aberta por uns 10 minutos, para que o pudim esfrie aos poucos. Retire, então, do forno, e espere ficar morno. Desenforme sobre um prato bonito, com beirada para acomodar a calda e alguma guarnição (frutas, por exemplo).

A calda que ficar grudada na forma deve ser aquecida (na própria forma, diretamente sobre a chama do fogão) para sair com mais facilidade. Coloque-a ao redor do pudim, antes de decorá-lo. Decore com flores comestíveis ou frutas, à sua escolha (cerejas, morangos, ameixas, figos…). Sirva gelado, acompanhado de molho de baunilha ou calda de morangos.

 

Molho de baunilha:

  • 1 lata de leite condensado.
  • 2 latas de leite comum.
  • 2 gemas passadas na peneira.
  • 1 colher (sopa) rasa, de maizena.
  • 1 colher (chá) de baunilha (ou mais, se preferir um sabor mais acentuado).

Ferva o leite com o leite condensado e só depois acrescente os outros ingredientes. Deixe engrossar, mexendo sempre, até ficar um molho cremoso. Depois de frio, leve à geladeira.

Sirva como acompanhamento para o pudim de claras.

 

Calda de morangos:

Ferva, numa panela, morangos picados (1 caixinha), água (1 xíc.), açúcar (meia xíc.), suco de meio limão e xarope de groselha (4 colheres de sopa). Quando os morangos amolecerem um pouco, retire do fogo e deixe esfriar. Leve à geladeira e sirva como um outro acompanhamento para o pudim de claras.

Pavê aos dois chocolates.

Pavê aos dois chocolates

Ingredientes:

  • 1 lata de leite condensado.
  • 1 lata de creme de leite (com o soro).
  • 1 lata de leite de vaca (medido na lata de leite condensado).
  • 2 ovos.
  • 1 colher (sopa) de maisena.
  • 1 xícara (chá) de açúcar refinado.
  • 1 xícara (chá) de chocolate em pó.
  • 500 g de biscoitos champagne.
  • 1 colher (sopa) de rum, ou a bebida de sua preferência.

Modo de fazer:

  1. Faça um creme com o leite condensado, o leite de vaca, as duas gemas (peneiradas) e a maisena, levando ao fogo até engrossar. Se gostar de baunilha, adicione 1 ou 2 colheres (chá). Reserve, cobrindo com plástico filme junto ao creme, para não criar nata.
  2. Misture o leite, o rum e o chocolate em pó. Reserve.
  3. Para o creme claro, bata as claras em neve. Adicione o açúcar e bata mais um pouco. Pare de bater e adicione o creme de leite, misturando apenas para homogeneizar.
  4. Montagem do pavê.

Num pirex retangular ou quadrado, faça camadas de:

  • Creme com leite condensado.
  • Biscoitos passados na mistura de chocolate, leite e rum.
  • Creme branco (com creme de leite)

Repita as camadas, finalizando com o creme branco. Reserve.

Pré-aqueça o forno do seu fogão a gás  a 180 graus e deixe o pavê lá, por 5 minutos, apenas. Esse cuidado faz com que se forme, na superfície do pavê,  uma película que o torna mais bonito e ainda impede que os chocolates ralados afundem no creme. deixe esfriar e leve à geladeira.

Importante: faça o pavê de véspera.

No dia em que for servir o pavê, cubra fartamente com chocolates – branco e ao leite – ralados num ralador comum.

Sirva bem gelado.

 

Nota importante: a receita desse pavê é uma releitura da antiga receita do “Pavê véu de noiva”, da minha saudosa amiga Luiza Jardim, sogra de uma das minhas filhas.

 

Falando de Psicologia – (41) – Castigos – sim ou não?

Castigos – sim ou não?

Muitos pais perguntam sobre a questão dos limites na educação dos filhos. Alguns se referem especificamente aos castigos físicos, já que nem sempre suas recomendações surtem o efeito desejado. Quero deixar bem claro que não sou a favor de castigos físicos, mas é bom ser realista e admitir que isso ocorre com relativa frequência, em nosso meio.

Vejamos alguns dos sentimentos que uma criança pode experimentar, quando apanha dos pais.

A criança se sente insegura. Se os pais se mostram instáveis, ela não sabe o que esperar deles. Principalmente se a mesma falta é punida num dia e ignorada em outro.

A criança se sente culpada. Ao perceber a tristeza dos pais, a criança sente que a culpa é sua, mesmo depois de ter sido castigada. Tal sentimento prejudica mais a criança do que o próprio castigo, em si. Ela não se sente livre, pois se considera responsável pelo aborrecimento de seus pais.

     A criança se mostra confusa. Quando os pais agradam de algum modo o filho, depois de puni-lo, é difícil, para este, saber exatamente o que eles sentem. Uma criança não consegue avaliar o tipo de sentimento que os pais lhe dedicam, pois não sabe se os pais reprovam sua conduta (quando é castigada por eles) ou se os pais a aprovam (quando recebe presentes ou carinhos depois que apanha). Às vezes, a criança mostra-se perturbada em outras situações. Por exemplo: num momento de alegria a criança pode ficar excitada e aparentar nervosismo. Ela não consegue controlar suas emoções, pois seu espelho é representado pelos pais, que também são confusos quando exprimem seus sentimentos.

A criança se sente desvalorizada. Quando os pais se mostram indiferentes e batem (com frequência e por qualquer motivo), a criança fica com a autoestima comprometida. Ela apanha sempre, sem receber qualquer tentativa de orientação, sem ter momentos de carinho por parte dos pais. Enfim, ela só é lembrada quando merece castigo. A criança se sente, então, cada vez mais insignificante.

     A criança se sente revoltada. Pode ocorrer que a criança se sinta tão rejeitada pelos pais, que acabe se tornando revoltada por sofrer muito com os castigos constantes e injustos. Ela pode até reconhecer que errou, mas não aceita os castigos que lhe são aplicados. E, como não pode revidar, a criança acumula dentro de si um sentimento de rancor bastante prejudicial ao seu desenvolvimento emocional.

Diante de tudo isso, fica fácil concluir que os castigos físicos podem ser tão nocivos, que vale a pena tentar outros métodos para corrigir os filhos. Assim, com carinho, respeito mútuo, diálogo, disciplina firme e coerente, podemos obter resultados bem mais satisfatórios, ajudando a criança a sentir que errou, mas nem por isso precisa experimentar culpa ou medo de atingir os pais de forma irreversível. Ela percebe justiça na maneira de ser tratada pelos pais e isso torna mais fácil o reconhecimento de seu erro, propiciando uma mudança positiva em seu comportamento.

Escondidinho de carne de sol.

Escondidinho de carne de sol

  • 1 quilo e meio de carne de sol (alcatra), com pouco sal.
  • 1 quilo de mandioca (aipim ou macaxeira), descascada.

Lave a carne para retirar o sal. Corte em pedaços, após retirar a gordura com uma faca afiada. Tempere com vinho, alho, cebola ralada e um pouco de pimenta do reino. Não use sal. Tempere de véspera, incluindo a gordura.

No dia seguinte, refogue a carne e a gordura, deixando fritar aos poucos. Vá pingando água até a carne corar por igual. Descarte a gordura (que só foi usada para dar sabor à carne). Reserve a panela com o “caramelo” que se formou no fundo (você vai precisar dela  para dar sabor à carne, depois de cozida e desfiada).

Coloque a carne para cozinhar em panela de pressão, com água suficiente para cobri-la. Adicione 2 tabletes de caldo de picanha  – ou de carne – e deixe cozinhar bem.

Retire do caldo e desfie a carne.

Na panela onde você havia dourado a carne, logo no início do preparo, coloque 1 colher (sopa) de manteiga ou margarina e frite uma cebola grande, ralada. Junte a carne desfiada e deixe tomar gosto. Verifique o sabor e acrescente o tempero que julgar necessário. Coloque num pirex grande. Por cima da carne, espalhe um purê de mandioca. Leve ao forno para aquecer bem e gratinar ligeiramente.

Purê de mandioca

Cozinhe a mandioca após retirar as fibras do meio de cada pedaço. Escorra. Passe – ainda quente – pelo espremedor de batata (ou no processador).

Tempere com:

  • 1 colher (sopa) bem cheia, de manteiga ou margarina
  • 2 gemas
  • 1 cebola (média) ralada
  • Sal
  • 1 xícara (chá) de queijo ralado.

Se quiser, espalhe mais queijo ralado por cima do purê, antes de levar ao forno (o gratinado fica mais bonito).

Sirva bem quente, acompanhado de arroz branco e salada de folhas e frutas, a gosto.

 

Observações:

  • Você pode substituir a carne de sol por camarão, bacalhau, carne moída ou frango. Mas o melhor resultado ainda é com carne de sol.
  • Além do purê de mandioca, você pode alternar camadas de purê do legume de sua preferência. Por exemplo, abóbora moranga, baroa (ou mandioquinha), batata doce, inhame…

 

 

Histórias da Vovó Lolô – Memória afetiva x comida de vó.

             Memória afetiva x comida de vó

Hoje em dia fala-se muito em memória afetiva ligada à figura de uma avó super habilidosa nas artes culinárias. Em contrapartida, são muito valorizados os grandes chefs de cozinha da atualidade…

Quem me conhece sabe o quanto me interesso por culinária, em geral – desde que me entendo por gente! E foi justamente com minha avó materna (a outra avó faleceu poucos dias antes do meu nascimento, infelizmente) – que eu aprendi a fazer diferença entre uma comida bem feita, e outra feita “por obrigação”; a diferença entre um trivial apetitoso e uma comida de festa sem sabor…

A minha avó dizia que “arroz e feijão bem feitos dispensam complementos”. E quais seriam esses complementos? Carnes, massas, legumes e até mesmo as verduras da sua horta. Sabe o porquê? Ela caprichava tanto nos sabores e pontos de cozimento, que era comum nos contentarmos com o seu “arroz com feijão” sem acompanhamentos.

Minha mãe e várias tias, também, sabiam cozinhar muito bem…  Mas, isso não é privilégio só da minha família, é claro!

Do ponto de vista psicológico, a expressão “memória afetiva” pode estar relacionada a muitas outras experiências da infância, que não passam, necessariamente, pela cozinha. Tive uma tia que me levava ao cinema todo domingo de manhã e me comprava mini buquês de amor perfeito, uma das minhas flores preferidas, junto com as tulipas… Outra tia gostava de encher o carro com as crianças (os próprios filhos e os sobrinhos dela), para passear em lugares muito interessantes, ou para irmos nadar no Minas Tênis Clube.

Posso afirmar, sem exagero, que tios e tias também me deixaram “memórias afetivas” muito pontuais, de acordo com a personalidade de cada um(a).

Agradeço a Deus pelo “baú” de boas lembranças que Ele me deu de presente!!!