Falando de Psicologia – (45) – A criança que tem medo.

A criança que tem medo 

Mesmo aposentada como ludoterapeuta, posso observar que muitos pais se preocupam em excesso com certos comportamentos dos filhos, o que muitas vezes transforma em problema, algo que desapareceria naturalmente. É o caso do medo, por exemplo.

Ninguém deve esperar que uma criança cresça sem sentir medo de alguma coisa. Aliás, é comum encontrarmos crianças da mesma faixa etária com medos parecidos. Assim, aos dois anos muitas crianças têm medo de animais e de tempestade. Aos quatro anos isso pode desaparecer por completo. Aos sete podem aparecer medos diferentes, como por exemplo, medo de cair no ridículo, de ser castigado, medo de lugares altos, de monstros e, principalmente, de assaltos. A criança pode chegar ao ponto de associar o contorno de um objeto qualquer, em seu quarto, com uma figura fantasmagórica.

Por que aparecem esses medos?

Existem inúmeras explicações válidas para isso. Como o cérebro não está inteiramente desenvolvido, muitos acontecimentos que para um adulto não representam qualquer perigo, para a criança tornam-se fatos, confundindo a realidade com sua fantasia.

A aprendizagem com outras pessoas (sobretudo os adultos importantes para ela –  pai,  mãe, tios, avós, babá etc.) ocorre com muita frequência. Por exemplo, quando a mãe tem medo de relâmpagos, é bem provável que os filhos venham a temê-los também.

Se os pais exigem além do que a criança pode fazer, costuma acontecer que ela se sinta medrosa, insegura. Por exemplo, quando se exige que ela tire notas ótimas nas provas, pode aparecer um medo da escola, o que, no fundo, é medo de perder o amor dos pais.

Assistir certos programas na TV, ler ou ouvir casos sobre violência, tudo isso pode gerar uma grande insegurança, principalmente nessa época em que se falam tanto em crimes diversos. Infelizmente, nossas crianças acabam por assimilar o medo que até nós, adultos, experimentamos ao sair de casa.

O que fazer, então? Darei algumas sugestões:

  • Respeitar os temores da criança. Não criticá-la, nem reprimi-la. Fazê-la sentir-se ridícula não vai ajudá-la a superar o medo. Ao contrário, isso tende a fixá-lo ainda mais, porque a criança deixa de exteriorizar o seu medo, ficando mais difícil ajudá-la.
  • Incutir no filho que os pais estão prontos para defendê-lo de qualquer perigo, que ele não está só. Maior cuidado deverá haver quando os pais estiverem separados, pois tal situação costuma fragilizar a criança por algum tempo.
  • Conversar com a criança, mostrando que medo é algo que qualquer pessoa pode sentir, mas o importante é saber distinguir os momentos em que precisamos ter noção de um perigo real (para nos defendermos), dos momentos em que nossa imaginação está em desacordo com a realidade.

 

 

 

Filé mignon ao molho oriental.

Filé mignon ao molho oriental

Ingredientes:

  • 1 quilo e meio de filé mignon limpo.
  • 2 xícaras (chá) de vinho branco seco.
  • 1 xícara (chá) de shoyu.
  • 4 dentes de alho bem triturados.
  • 1 colher (das de café) rasa, de noz moscada ralada na hora.
  • 1 bouquet garni (ou seja, um pequeno amarrado de 3 ervas frescas – salsa, tomilho e manjericão, por exemplo) e uma folha de louro.
  • 1 vidro (200 ml) de champignon (para adicionar na finalização do prato).

Modo de fazer:

Em uma panela grande coloque o vinho, shoyu, alho, noz moscada e o bouquet garni. Aqueça bem e coloque o filé mignon, deixando ferver por 15 minutos, de cada lado.

Retire do fogo e deixe o filé esfriar. Em seguida, fatie o filé bem fino (use a faca elétrica). Reserve.

Para finalizar o molho:

Descarte o bouquet garni e acrescente ao molho que se formou, os seguintes ingredientes:

  • 4 colheres (sopa) de azeite.
  • 2 colheres (sopa) de shoyu.
  • 2 ½ xícaras (chá) de água.
  • 2 colheres (sobremesa) de maisena.
  • 2 colheres (chá) de açúcar.

Deixe ferver até ficar um pouco espesso.

Junte os champignons laminados e coloque sobre o filé já no refratário em que será servido.

Observações:

  • Ao fatiar o filé, ele estará mal passado ou então al ponto, dependendo da altura do filé.
  • Como gosto de carne levemente bem passada, na hora de ir para a mesa eu coloquei o refratário no forno pré aquecido a 200 graus, por 10 minutos, apenas. Ficou ótimo!
  • Durante o processo do molho, prove sempre, pois tudo vai depender do seu paladar – você é quem vai adicionar, ou reduzir, algum tempero.

 

BOM APETITE!

 

Receitas para um lombo delicioso!

 

Tempero caseiro para carnes cruas, em geral

(para um lombo de 2 quilos, mais ou menos)

Ingredientes:

  • 2 xícaras (chá) de vinho branco seco.
  • Suco de 1 limão.
  • 2 pimentões verdes, sem as sementes.
  • 6 dentes de alho.
  • 1 cebola grande.
  • Pimenta do reino moída na hora.
  • 1 colher (sopa) rasa, para cada quilo de carne.
  • 1 xícara (chá) de água.

Modo de fazer:

Bata tudo no liquidificador e tempere a carne, se possível 36 horas antes da cocção.

Escorra o tempero antes de levar ao fogo, ou ao forno.

Se for fazer na panela, deixe a carne ficar bem dourada e vá pingando água até ficar bem macia, mas sem esfarelar.

Para um lombo festivo, fatie com faca elétrica e decore a seu gosto, ou como na foto.

Importante:

Toda carne de porco deve ficar de molho em água pura, para retirar o sangue, pois o sabor fica bem melhor! Escorra a água, lave sob água corrente e tempere.

Deixe na geladeira até o momento de cozinhar, ou assar.

 

Curiosidade: esta receita é uma releitura dos ensinamentos que recebi – há muitos e muitos anos – de familiares muito queridos e competentes no preparo de pratos extremamente saborosos.

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Molho delicioso para lombo de porco, ou pernil (prontos).

Ingredientes:

  • 6 colheres (sopa) de azeite.
  • 1 dente de alho ralado, ou bem triturado.
  • 3 colheres (sopa) de cebola ralada.
  • 6 colheres (sopa) de shoyu.
  • 2 colheres (sopa) de chimichurri desidratado.
  • 3 xícaras (das de café) de água.
  • 1 colher (das de café) de amido de milho.
  • 1 colher (das de café) de açúcar.

Modo de fazer:

Aqueça o azeite e refogue o alho e a cebola.

Deixe ferver um pouco e acrescente os demais ingredientes, na ordem acima.

Quando estiver na consistência de uma calda rala, desligue o fogo e reserve.

Use como acompanhamento para lombo ou pernil, cozidos ou assados.

Sirva o molho bem quente – uma parte sobre a carne já fatiada e o restante numa molheira.

Bom apetite!

 

 

 

Banana real.

Banana real

Ingredientes:

  • 12 bananas nanica bem maduras, cortadas na horizontal.
  • 300 g de presunto fatiado fino e cortado, com as mãos, em pedaços médios.
  • 2 embalagens de requeijão Catupiry.
  • 1 ½ xícara (chá) de queijo parmesão ralado, para gratinar.

Para o molho branco:

  • 1 litro e meio de leite.
  • 3 colheres (sopa) rasas, de farinha de trigo peneirada.
  • 3 colheres (sopa) de manteiga.
  • 3 colheres (sopa) de cebola ralada.
  • 4 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado.
  • 2 tabletes de caldo de galinha.
  • 1 colher (chá) de sal.
  • Meia colher (chá) de noz moscada ralada na hora.

Modo de fazer:

Ferva o leite e reserve.

Torre levemente a farinha de trigo, adicione a manteiga e a cebola ralada. Junte, aos poucos, o leite bem quente e vá misturando até a mistura engrossar, sem empelotar.

Adicione os tabletes de caldo de galinha e deixe que se dissolvam no molho branco.

Adicione o parmesão, o sal e a noz moscada.

Prove o molho e acrescente mais um pouco de sal, SE NECESSÁRIO.

Adicione o Catupiry em pedaços e deixe incorporar ao molho branco, até ficar um creme homogêneo.

Para a montagem, num refratário grande:

  1. 1 camada de molho branco com Catupiry.
  2. 1 camada de fatias de banana.
  3. 1 camada de presunto.

Repetir as camadas nessa ordem, sendo que a camada de cima deve ser de molho branco com Catupiry.

Cubra fartamente com queijo parmesão ralado.

Leve ao forno e deixe a banana derreter e a superfície ficar gratinada.

Sirva bem quente como acompanhamento para lombo de porco, ou carnes assadas, em geral.

 

 

A figura (por vezes esquecida) do pai.

Quando o assunto é a educação de crianças, a tendência é citar logo a mãe como elemento preponderante e decisivo na formação da personalidade do indivíduo. O pai é muitas vezes mencionado, mas poucos autores enfatizam a relevância do seu papel junto aos filhos. Talvez essa diferença se deva àquele fato tão conhecido de todos – ou seja, pelo menos nos primeiros anos de vida, é da mãe que a criança recebe os cuidados necessários ao seu crescimento e à sua sobrevivência. O pai colabora, mas de maneira indireta (embora existam exceções dignas de elogio).

Não resta dúvida de que a figura do pai, tanto quanto a da mãe, é de suma importância para a formação da personalidade dos filhos. E, para demonstrar inteiramente esse ponto de vista, seria necessário dedicar vários artigos sobre o mesmo tema, isto é, de como o pai pode influenciar no comportamento de cada filho, conforme sua maneira de agir. Mas, é bem possível que, através da discussão de um ângulo apenas, esse ponto de vista seja compreendido. Escolhi, para isso, um aspecto que me parece mais expressivo que os demais – é o sentimento de segurança pessoal que o pai pode transmitir aos filhos.

Mas, o que é um sentimento de segurança pessoal?

Não é fácil definir com exatidão o que significa essa espécie de sentimento, pois se trata de algo bastante subjetivo. Na minha maneira de entender, uma pessoa segura é aquela que está satisfeita consigo mesma, que confia em si e no seu futuro, pois está livre de medos desnecessários. Sendo assim, ela é capaz de tomar decisões que coincidem com as suas necessidades reais e de produzir o que seu potencial permite. Ela é, além disso, uma pessoa estável e coerente em suas atitudes. Pelo menos é consciente da necessidade de se buscar esse objetivo.

Estou me referindo a uma pessoa adulta. Mas, para se chegar a isso, é preciso que o indivíduo tenha, desde a infância, um ambiente que lhe proporcione subsídios para se tornar alguém com aquelas características. O pai, nesse ponto, vai contribuir com uma grande parcela. Através do relacionamento que se estabelece entre ele e os demais membros da família, o ambiente pode ser propício ou desfavorável ao desenvolvimento psicológico de uma criança. Existem muitas maneiras de um pai comunicar aos filhos aquele sentimento de segurança pessoal. Vejamos alguns exemplos:

  • Mostrar-se disponível, de tal forma que o filho possa recorrer a ele como se recorresse a um amigo muito especial (para conversar e trocar ideias, para pedir uma ajuda ou simplesmente para fazerem um passeio juntos).
  • Manter uma atitude serena nos momentos difíceis da vida de uma criança, para que ela veja no pai alguém capaz de ajudá-la a enfrentar seus problemas e de orientá-la quando se fizer necessário (por exemplo, quando a criança se machuca, quando adoece, quando tem dificuldades na escola, ou até mesmo quando ela tem medo de perigos imaginários).
  • Dar apoio material e, ao mesmo tempo, mostrar que essa é uma tarefa que cabe ao pai (e/ou à mãe), não por obrigação, mas porque eles (pai e mãe) se sentem felizes em proporcionar conforto aos filhos.
  • Ser um modelo, sem significar um espelho para a criança. Em outras palavras, o pai pode servir-se de suas experiências pessoais para dar ao filho uma ideia daquilo que irá beneficiá-lo no futuro. Assim, uma criança pode aproveitar o exemplo do pai em muitas situações, sem perder a sua individualidade. Ela utiliza seus ensinamentos, sem tornar-se uma simples cópia do pai.
  • Acompanhar o crescimento do filho, sobretudo na adolescência, orientando-o nas diferentes questões que costumam gerar conflitos (sexualidade, escolha da profissão, relações interpessoais, questionamentos diversos). Muitas vezes, através de uma conversa em que o filho se sente compreendido pelo pai, nasce (ou se reforça) uma aproximação que muito pode contribuir para o futuro desse jovem.

Concluindo, quero dizer que todo pai, de qualquer classe social, tem em suas mãos a oportunidade de desenvolver ou de diminuir, no filho, um sentimento de segurança psicológica. Este é apenas um aspecto de seu valioso papel dentro da família, a que me referi no início.

 

 

 

 

 

Biscoito amanteigado de parmesão.

                Biscoito amanteigado de parmesão

Ingredientes:

  • 300 g de farinha de trigo.
  • 150 g de queijo parmesão ralado (100 g para receita e 50 g para acabamento).
  • 200 g de manteiga.
  • 30 g de creme de leite.
  • 2 ovos (1 ovo para a receita e 1 gema para acabamento).
  • Orégano a gosto.

Modo de fazer:

Misture a manteiga, ovo, creme de leite. Junte o parmesão.

Adicione a farinha aos poucos e amasse, sem sovar.

Deixe descansar na geladeira.

Abra a massa com 0,6 cm. Corte com os cortadores escolhidos, pincele com gema e salpique queijo e orégano. Leve novamente à geladeira (para a massa ficar firme e manter a forma ao assar).

Asse por 10 a 15 minutos, em forno pré-aquecido, a 180 graus.

Sirva como aperitivo, ou no lanche da tarde.

 

 

Falando de Psicologia – (45) – A agressividade na infância.

A agressividade na infância

Toda criança tende a ser um pouco agressiva, sobretudo quando começa a socializar-se. Nos primeiros anos de vida, por não dominar os recursos da linguagem, a criança expressa a sua agressividade através de gritos, choro ou até com agressões físicas. Com o passar do tempo, os impulsos agressivos não desaparecem. No entanto, a criança aprende com os adultos que existem outras formas de obter o que se deseja, seja através da partilha ou da negociação.

Para facilitar o entendimento, vou falar sobre as causas da agressividade infantil e, em seguida, darei sugestões visando uma postura mais adequada, por parte dos pais.

O que acentua a agressividade infantil?

Causas internas:

  • Dificuldade para lidar com as emoções.
  • Mágoas ou ressentimentos (em crianças maiores).
  • Baixa auto-estima.
  • Sentimento de rejeição.
  • Ciúme (de um irmão ou até mesmo de um colega, quando a agressividade aparece mais na escola).
  • Insegurança, de um modo geral.
  • Problemas psíquicos (ou psicológicos) mais sérios.

            Causas externas:

  • Ambiente familiar e/ou social (brigas entre os pais, violência nos mais diversos níveis).
  • Ausência de limites (superproteção).
  • Autoritarismo (de pais ou professores).
  • Pais ausentes.
  • Ambientes marcados pela rivalidade e competição.
  • Quando os filhos são estimulados a resolver conflitos recorrendo a comportamentos agressivos.
  • Quando um comportamento é punido, num dado momento, e ignorado no momento seguinte (a criança fica confusa, pois não sabe distinguir o certo do errado).
  • Experiências de perda.
  • Mudanças de comportamento pós-traumáticas.

Como lidar com a agressividade infantil?

Tanto no caso da agressividade verbal (por meio de palavras), quanto no caso da agressividade física, a conduta dos pais é de suma importância para ajudar uma criança na obtenção de equilíbrio nas suas atitudes. Eu gostaria de sugerir a cada pai ou mãe:

  • Faça de sua casa um lugar bem tranqüilo.

–   Converse e seja paciente (mesmo que a criança ainda não entenda bem o conteúdo, ela entende o tom de voz – comunicando aceitação e transmitindo segurança).

  • Com crianças maiores, esqueça o discurso repreensivo. Procure ouvir e entender, sem acusar.
  • Você não é obrigado a concordar com os argumentos de seu (sua) filho(a) e pode lhe dizer isso. Mas não precisa criticá-lo(a), apenas ensinar-lhe outras maneiras de descarregar a raiva. Assim, não se trata de reprimir, mas de orientar a expressão de sentimentos.
  • Coloque limites e diga não quando for necessário, mas sempre acompanhado de uma explicação.
  • Reserve um tempo para brincar com seu (sua) filho(a).
  • Atividades esportivas e lutas (como judô e outras) ajudam a direcionar a energia para um objetivo mais socialmente aceito. Deixe que a criança participe da escolha da atividade, junto com você.
  • Principalmente: dê amor, atenção e bons modelos. A criança precisa saber que vale a pena ser boa, que é muito importante pedir desculpas ou perdoar. Podemos mostrar tais valores através da nossa formação cristã, aliada aos conhecimentos proporcionados pela psicologia.
  • Não se esqueça de trocar idéias com o pediatra da sua confiança. Há casos em que se faz necessária uma ajuda profissional (de um psicólogo ou de um psiquiatra).

 

 

 

Falando de Psicologia – (44) – Quando a criança tem tudo, mas não é feliz.

Quando a criança tem tudo, mas não é feliz…

 

Hoje em dia é comum encontrarmos crianças com uma “agenda” cheia de compromissos. Há casos em que falta até mesmo tempo para a criança brincar, ou simplesmente para ficar em casa, descansando. É verdade que se deve investir na formação global de cada filho. Porém, suas necessidades emocionais não podem ser negligenciadas. Assim, torna-se indispensável acompanhar o dia a dia da criança, ouvindo-a com atenção e tentando avaliar se ela está feliz, ou não.

Tenho observado que entre as crianças na faixa etária que vai dos sete aos doze anos, muitas se sentem solitárias, insatisfeitas e até mesmo infelizes, embora recebam muito dos pais, pelo menos no que diz respeito aos aspectos materiais. Para elucidar esse ponto de vista, vou relatar um episódio que acompanhei de perto, há poucos dias.

Um menino de quase oito anos surpreendeu o pai, na saída da escola, mantendo com ele o seguinte diálogo:

“Que bom, pai, que essa semana você vem me buscar no colégio e ainda vai poder ficar muito tempo comigo, quando a gente chegar em casa”.

“Você está com saudade do papai?”.

“Não é só isso. É que eu quase não conheço você… Eu não sei qual é a sua cor favorita, não sei qual alimento você prefere, se você tem medo de alguma coisa… A gente não fala dessas coisas, não é, pai?”

“Eu acho que você está repetindo alguma coisa da televisão, pois eu te dou tudo que você quer. De onde você tirou essas ideias?”

“Da minha cabeça, pai. Você podia conversar mais comigo…”

Bem, o pai conversou muito com o menino e os dois realmente precisavam se conhecer melhor.

Percebo que muitos pais são pessoas maravilhosas e até se dispõem a mudar de atitude, quando orientados. O que ocorre, em muitos casos, é que certas crianças com idade entre sete e doze anos são independentes em muitos pontos (na higiene pessoal, na hora de fazer o dever de casa, nas brincadeiras etc.). Fica parecendo que elas podem “se virar” sozinhas e que nada lhes falta. Principalmente quando todos (pais e filhos) passam o dia envolvidos com muitas atividades, sem tempo para trocar confidências, expressar afeto, estreitar os seus laços familiares…

É fácil concluirmos que novamente o bom senso não pode faltar. Ao lado de uma boa bagagem cultural, nada melhor que uma sólida bagagem afetiva. Nossos filhos merecem que a “agenda” de cada um (pai, mãe ou filho) seja estruturada de forma harmoniosa e equilibrada. Certamente os frutos serão colhidos por todos, mais cedo ou mais tarde.

 

 

 

Falando de Psicologia – (43) – As barreiras internas de certos pais.

As barreiras internas de certos pais

 

Incentivar a criança, estimular sua iniciativa, ajudá-la a substituir comportamentos inadequados por outros, mais aceitáveis – tudo isso costuma ser muito recomendado por psicólogos e outros profissionais que lidam com crianças. Como é o caso do pediatra ou da professora.

No entanto, há muitos pais que, mesmo seguindo as orientações recebidas, nem sempre conseguem obter bons resultados.

Seria oportuno indagar então: por que às vezes é tão difícil, embora seguindo as instruções dadas, mudar um comportamento do filho? Em outras ocasiões a pergunta é um pouco diferente: por que às vezes fica tão difícil colocar em prática o que em teoria nos parece tão simples?

Ora, dificuldades dessa natureza costumam existir em função da maneira como os pais se colocam  frente à conduta do filho. E, para que se obtenham bons resultados ao tentar qualquer tipo de mudança (nas próprias atitudes e no comportamento do filho) alguns requisitos são necessários. Assim, os pais precisam:

  • Ter em mente qual o objetivo a que se propuseram, ao tomar certas atitudes em relação à criança.
  • Estar atentos aos próprios sentimentos e aos sentimentos da criança, no momento em que se relacionam com ela. Sobretudo se o objetivo for a mudança de um comportamento do filho.
  • Acreditar nas medidas que pretendem executar.
  • Estar seguros no desempenho de seu papel.
  • Acreditar na capacidade do filho em mudar.
  • Aceitar as mudanças que porventura ocorram.
  • Zelar pela manutenção das mudanças obtidas.

Para esclarecer melhor, vejamos dois exemplos.

       Quando a criança é inapetente.

Alguém disse à mãe que, para acabar com a “falta de apetite”, o melhor é mostrar despreocupação pelo fato e deixar a criança procurar alimento quando tiver vontade. Mas a medida não deu resultado. Por que será?

A mãe pode por em prática sugestões como esta, mas só isso não é suficiente para eliminar uma conduta indesejável. Não basta simular uma atitude de aceitação pela inapetência do filho, se no fundo ela  experimenta sentimentos bem incômodos em relação a isso. A mãe pode ter, por exemplo, um medo muito grande de ver o filho desnutrido. Ora, se ele não come direito, por mais que ela tente disfarçar sua preocupação, alguma atitude sua acabará mostrando ao filho o que se passa com ela. E a criança, com certeza, sentirá que, de uma forma ou de outra, continua sendo alvo das atenções da mãe. E qual é a criança que não deseja isso?

Quanto à atuação do filho na escola.

A mãe leu (ou ouviu) em algum lugar que não se deve ajudar a criança nos exercícios escolares. Mas, no fundo, ela não acredita que o filho possa se sair bem sozinho. Daí, deixa de auxiliá-lo, mas não consegue esconder sua preocupação – olha a mochila na ausência do filho, faz perguntas ansiosas sobre o que ocorreu na escola, e assim por diante.

Muitos outros exemplos poderiam ser lembrados aqui. No entanto, estaríamos repisando o mesmo ponto: não basta saber o que é melhor para um filho, se os pais não reúnem, dentro de si, certos requisitos como aqueles já citados. Em outras palavras, o conhecimento puramente intelectual de um fato não é suficiente para operar mudanças nas atitudes dos pais ou no comportamento dos filhos. É preciso, antes de qualquer coisa, que se eliminem as barreiras que possam existir dentro de cada um, para que os pais consigam ter uma atuação mais satisfatória junto aos filhos.

 

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Salmão ao molho béchamel.

Salmão ao molho béchamel

  • 1 filé de salmão (com a pele) pesando 1.200 g, mais ou menos.
  • 300 g de muçarela ralada ou fatiada, para finalizar o prato e gratinar, pouco antes de servir.

Para o molho béchamel:

  • 1 litro e meio de leite.
  • 2 cebolas médias.
  • 6 cravos da Índia.
  • 2 folhas de louro (secas ou frescas).
  • 1 cenoura.
  • 4 dentes de alho.
  • Sal, pimenta do reino, noz moscada ralada.
  • 3 colheres (sopa) de manteiga.
  • 3 colheres (sopa) rasas, de farinha de trigo peneirada.

Modo de fazer:

Retire a pele do salmão e reserve.

Corte o salmão em cubos e tempere levemente com sal. Reserve.

Prepare uma espécie de brodo com:

  • Leite fervente.
  • Pele do salmão.
  • Alho, cenoura.
  • Cebolas, onde se prendem as folhas de louro com cravos da Índia. Esse processo recebe o nome de “cebola piquet”, que transfere sabor e aroma ao molho.

Deixe ferver por 15 minutos, ou até que o leite esteja devidamente saborizado. Coe esse leite por uma peneira e complete o volume do leite que evaporou.

Tempere com sal, pimenta do reino moída na hora e noz moscada ralada, a seu gosto. Muito cuidado para o sabor dos temperos não sobressair mais do que o sabor do salmão!

Dica da Malu: antes de espessar o molho béchamel, dê um choque térmico no salmão, mergulhando – no leite fervente – pequenas porções de cubos do peixe, com o auxílio de uma concha, tipo concha de feijão. Esse cuidado “sela” o salmão, evitando que libere muito líquido depois. Retire do leite e reserve.

Para finalizar:

  • Aqueça a manteiga e adicione a farinha de trigo, deixando cozinhar por alguns minutos.
  • Retire a panela do fogo e vá colocando o leite fervente aos poucos, SEMPRE mexendo essa mistura com o auxílio de um fouet. Volte a panela ao fogo baixo, para não empelotar. Continue mexendo até ficar um molho bem cremoso.
  • Coloque os cubos de salmão no molho béchamel e prove, para o caso de precisar de algum tempero.
  • Escolha um refratário bem bonito e coloque essa mistura.
  • Cubra com muçarela ralada ou fatiada e leve ao forno pré aquecido, para gratinar.

Sirva acompanhado, apenas, por uma salada simples e arroz branco.

Bom apetite!

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Nota: essa receita me foi passada pela Malu, namorada do meu neto Gabriel. Ambos muito queridos!

Comi esse salmão e gostei tanto, que pedi a receita!