Arquivos

Perplexidade diante da morte.

Perplexidade diante da morte. 

Cada vez me convenço mais de que as respostas para a perplexidade diante da morte estão dentro de nós…

Cada pessoa experimenta sentimentos – os mais diversos – sobre a questão da finitude. Mas isso todo mundo sabe. Por isso mesmo, vou tentar descrever o que se passa comigo, HOJE.

O que a ideia da morte evoca em mim?

  • Desejos/sonhos, de que a morte não existisse. Sei que é uma utopia, mas sou tão sonhadora que me permito essa fantasia.
  • Mesmo admitindo a certeza da morte, não posso evitar mais uma fantasia: nada de violência, de doenças incuráveis e assim por diante…
  • Por que idealizo algo tão impossível?
  • Por que não me satisfaço com os milhares de explicações que todos nós conhecemos?
  • Por mais contraditório que possa parecer, tenho certeza da existência de Deus e de sua misericórdia, mas minhas indagações continuam, como se eu quisesse modificar os ensinamentos bíblicos que tanto valorizo. Quanta ousadia da minha parte!!!
  • Qual o porquê que tanto busco, desde meus quatro anos de idade?

Pode parecer clichê, mas existe uma afirmativa que faz todo sentido para mim: o quanto é importante e necessário sermos cuidadosos em relação a nós mesmos e aos outros!!!

Sob todos os aspectos………

 

Eu e a Música…

Eu e a Música…

Como a música faz bem ao meu coração!!!  Voltando ao passado, vivendo o presente, imaginando o futuro…

Voltando no tempo, a música me leva a momentos muito felizes, junto a pessoas cuja existência se tornou algo indelével, como a tinta nanquim das aulas de arte de antigamente…

Assim, posso fazer algumas associações, tais como:

Chopin, Carlos Gomes, Beethoven, valsas de Strauss, Mozart… enfim, músicas clássicas executadas ao piano… Como era agradável estudar ao som dessas músicas maravilhosas!!! Meu pai me deixou essa herança e até hoje eu ouço músicas clássicas quando estou lendo e/ou escrevendo…

Músicas da chamada Velha Guarda, como Carinhoso, do Pixinguinha, marchinhas de Carnaval, Cantigas de Ninar, temas de filmes,  e tantas outras músicas com apelos românticos… Eram as preferidas da minha amada mãe

Boleros, serenatas, concursos internacionais de todo estilo de música – são a “cara” do meu saudoso marido, meu primeiro e único namorado…

Meus queridos tios se tornam imortais toda vez que ouço Noel Rosa, Nat King Cole, Araci de Almeida, Nelson Gonçalves, Ataulfo Alves, além de muitos tangos…

E assim, milhares de melodias permanecem muito bem guardadas dentro da caixinha de música em que meu coração se transformou …  e se transforma muitas vezes – não sei o que vem primeiro, a música ou a saudade, acho que vêm juntas, para buscar a presença imaterial dessa ou daquela pessoa muito querida…

E lembrando do meu querido filho – Fernando – que Deus chamou recentemente – toda vez que eu escutar  músicas do Queen, Roberto Carlos, Barão Vermelho e muitas outras… parece que o Fernando está ao meu lado, me dizendo: “Mama, não chore. Estou bem, estou num lugar que as pessoas chamam de Paraíso. O amor de todos vocês me nutre perfeitamente. Não precisa se preocupar tanto assim, mama…”

A todos que partiram para junto de Deus, muita luz e muita paz!!!

 

E HOJE, AINDA POSSO CANTAR AO LADO DE FILHOS, NETOS, AMIGAS DE DÉCADAS, BEM COMO DE INÚMERAS PESSOAS QUE VÃO CHEGANDO E AUMENTANDO MEU AMOR À MÚSICA E À VIDA!!!

OOPS!!! MEU SPOTIFY PARECE TER VIDA PRÓPRIA! MUDOU DE MÚSICA CLÁSSICA PARA MICHAEL BUBLÉ, QUE EU ADORO!!!  VOU AUMENTAR O VOLUME E CANTAR JUNTO!!!

 

Saudade do que não foi, mas poderia ter sido…

Saudade do que não foi, mas poderia ter sido…

 

Hoje, dia 30 de junho de 2020, meu marido, Ruy Miranda, estaria completando 80 anos de idade.

Há quase 5 anos ele partiu para o reino de Deus , deixando uma saudade tão grande, que nenhuma palavra é suficiente para descrever…

Tínhamos muitos sonhos por realizar…

Dois tipos de herança que valorizo muito, o Ruy me deixou: a família que constituímos e nosso alto conceito na vida profissional, como psicoterapeutas.

Choro, sim, mas de saudade. Saudade de uma vida inteira junto de alguém com os mesmos valores que carrego comigo, mas com características pessoais quase antagônicas. Eu digo “quase”, porque nossas aparentes incongruências se complementavam de forma absolutamente satisfatória e surpreendente, ao mesmo tempo. Essa aparente dualidade nos atraiu durante décadas – mais precisamente – de 1959 a 2015 – ou seja, dos meus 14 anos até meus 70 anos…. E hoje, do alto dos meus bem vividos 75 anos, basta fechar os olhos e pensar no Ruy – imediatamente eu consigo acessar nossas melhores lembranças – da época de namoro, noivado e casamento…. Ao abrir os olhos, posso vê-lo através de nossos filhos e netos, seja nos traços físicos, seja em certas atitudes…..

E eu, romântica inveterada que sou, tento “congelar” tais momentos, como se eles não pudessem se ETERNIZAR na minha memória!!!

 

Falando de Psicologia … (24) – Nossa necessidade de crer.

Nossa necessidade de crer

À medida que vai descobrindo progressivamente que seus pais não são perfeitos nem onipotentes, que existe um mundo além do círculo familiar, que outras pessoas – sejam crianças ou adultos – vivem de modo diferente do seu, a criança percebe – (embora sem muita clareza) – que o seu universo se amplia enquanto seu pensamento se modifica. A noção que tem de Deus e da religião também terá de passar por essas transformações. O Deus protetor que sua imaginação construiu, o Deus utilitário a quem recorria em caso de necessidade, tende a dissipar-se, dando lugar ao Deus que será invocado de maneira mais desinteressada, com quem será possível estabelecer uma relação mais pessoal. Um Deus menos intervencionista que poderá tornar-se, no início da adolescência, um interlocutor, um confidente e um amigo. A adolescência chega ao fim, mas as transformações continuam…

Na juventude o indivíduo costuma enfrentar mudanças diversas, incluindo as questões religiosas. Muitos universitários vivem momentos de angústia frente a uma pluralidade de indagações para as quais não obtêm respostas que os satisfaçam. Tornam-se adultos cheios de dúvidas de caráter existencial, presas fáceis da perda de fé. Dependendo das circunstâncias, o saldo final poderá ser bastante positivo, na medida em que o amadurecimento psicológico venha acompanhado de um amadurecimento na fé.

Antes de falar sobre esse aspecto, vejamos algumas considerações sobre a perda de fé.

Segundo o teólogo Luís González-Carvajal, “o silêncio de Deus assinala a morte de uma imagem concreta de Deus, pobre demais, que havíamos fabricado para nós mesmos e que, diante de uma situação nova, não responde a nossas expectativas, nos frustrando”. Em seu livro “Nossa Fé, Teologia para universitários”, ele cita afirmativas muito expressivas, de Leon Tolstoi e Tomás de Aquino, a propósito da crise de fé.

Segundo Tolstoi:

“Se te vem a ideia de ser falso tudo o que pensavas sobre Deus, e de que não existe Deus, não te assustes por isso. Acontece a muitos. Se um selvagem deixa de crer em seu deus de madeira, não é porque não haja Deus, mas porque o verdadeiro Deus não é de madeira”.

Tomás de Aquino já dizia que a fé é “menos certa” do que o conhecimento, porque as verdades da fé “transcendem o entendimento do homem”.

Carvajal pondera que, ao trabalharmos nossa insegurança na fé, podemos chegar à seguinte conclusão: “se houve um tempo em que nos acusávamos de ter dúvidas de fé, hoje deveríamos procurá-las de propósito, como a única maneira de irmos passando do deus de madeira ao Deus de verdade”.

E cita essas palavras de Tomás de Aquino:

“É necessário que aquele que queira conhecer qualquer verdade, conheça todas as dúvidas e dificuldades que existam contra aquela verdade, porque, na solução daquelas dúvidas, encontra-se a verdade. Assim, para saber verdadeiramente, ajudam muito as razões de teses contrárias”.  

Tais afirmativas nos permitem inferir que, por mais penosa que seja uma crise de fé, nossa necessidade de crer em algo maior nos leva ao encontro de Deus, mais cedo ou mais tarde. E esse encontro nos mostrará os caminhos para uma vida cada vez mais satisfatória, sob todos os aspectos, onde se complementam aspectos positivos tanto do lado psicológico, quanto do lado espiritual. É importante salientar que um processo integral de amadurecimento (emocional e espiritual) não ocorre de forma linear, contínua. Podemos ter oscilações que vão e voltam indefinidamente, mas isso não invalida nosso mérito, perante Deus. Ele sempre saberá entender nossa finitude e nossa utopia, nos movendo em direção a incessantes buscas de coerência e estabilidade, como se tais características pudessem se harmonizar, algum dia, com todas as nossas imperfeições…

Quero finalizar lembrando João Paulo II, que ao escrever sua encíclica “Fides et Ratio” (“Fé e Razão”), nos ensina que: “a fé e a razão são como duas asas, pelas quais o espírito humano pode voar em direção à verdade”.

 

 

 

Lágrimas benfazejas

Estamos na época de Natal e observo o comportamento de algumas pessoas, que se mostram um tanto radicais. Existem as que se esquecem do principal sentido do Natal, que é o nascimento do Menino Jesus. E para completar, elas criticam aqueles que homenageiam o verdadeiro aniversariante.

Chegam a ponto de incutir, nos filhos, a ideia de que “Natal é para os tolos”! Sendo assim, privam até mesmo as crianças dos alimentos típicos desta época e abominam a fantasia infantil em relação à figura do Papai Noel. Para essas pessoas, a troca de presentes é algo apenas comercial, sem qualquer valor afetivo.

Existem outras que se mostram depressivas ou revoltadas, sem tentar, ao menos, uma aproximação com familiares ou amigos, para buscar uma inclusão num grupo mais alegre, que se reúna para uma confraternização.

Não podemos nos esquecer do quanto é enriquecedor e gratificante, compartilharmos boas emoções com as pessoas que amamos!!!

Em Belo Horizonte, todo dia 25 de dezembro, nos restaurantes populares, que atendem pessoas muito carentes, como moradores de rua, são servidas incontáveis refeições muito saborosas e especiais, para alegria de todos! Presentes são distribuídos para adultos e crianças, num clima de grande alegria e muito carinho. Mas o que mais me chama a atenção, é o reconhecimento e ausência de revolta, dessas pessoas que vivenciam as maiores privações, sejam de ordem material, afetiva, social e até mesmo moral.

Fico pensando que, no fundo, essas pessoas tão humildes, são mais felizes que aquelas que citei no início destas reflexões…

Outro tipo de extremismo que me chama a atenção, refere-se à interpretação do choro. Tanto em crianças como em adultos que choram, em algumas circunstâncias.

Toda mãe sabe que o choro de um bebê pode ter muitas conotações. Ou seja, a mãe atenta e sensível sabe identificar um choro por fome, por desconforto com uma fralda que precisa ser trocada, por dor ou porque seu bebê precisa, apenas, ganhar um colinho aconchegante.

Mas os “pessimistas de plantão”, rotulam logo como choro por birra, mesmo em se tratando de um bebê.

Com crianças maiores a coisa fica ainda pior: há pais que batem para o filho calar a boca, ou mandam a criança “engolir o choro”!

Já tive o desprazer de ouvir uma profissional da área de saúde falar, de forma bastante ríspida, com seu pequeno paciente, para ele engolir o choro!!!

No caso de adultos que choram com facilidade, muitas pessoas já classificam esse choro como sinal de depressão, mesmo que esses adultos sejam emotivos e chorem diante de situações específicas, tais como despedidas ou reencontros, assistir a um filme triste, presenciar cenas chocantes, participar de ocasiões especiais (casamento de um(a) filho(a), nascimento de um(a) neto(a), receber a notícia do sucesso num concurso, ver um ente querido sofrer com uma doença e falecer… e assim por diante).

Podemos chamar tais lágrimas de lágrimas benfazejas, pois há casos em que a repressão de sentimentos resulta em doenças!

Pessoalmente, sou a favor da livre expressão das emoções mais genuínas, não só por saber que isso é saudável, mas também por apreciar toda forma de autenticidade, desde que não prejudiquemos a quem quer que seja! Nossa sinceridade é benéfica para nós mesmos e para as pessoas que nos cercam…

 

Aprendendo a amar verdadeiramente

 

            Aprendendo a amar verdadeiramente 

A realização na vida afetiva é, sem dúvida, um dos maiores prazeres humanos. Associar casamento e amor verdadeiro costuma ser uma das metas da grande maioria dos casais, de qualquer faixa etária ou classe social. No entanto, por mais que se publiquem livros sobre o assunto, nunca é demais abordar esse tema. Por isso mesmo, vou tecer alguns comentários que poderão tornar mais claras as implicações de uma vida conjugal harmoniosa e gratificante.

Quando o vínculo entre duas pessoas se aprofunda, surge a possibilidade de se conhecerem tal como são, de fato. Qualidades e defeitos, acertos e erros, ficam mais perceptíveis. Pode começar aí, um delicado processo de aprendizagem no que se refere ao relacionamento conjugal.

Todos nós reagimos de um modo particular porque temos histórias e características pessoais diferentes. Por outro lado, ocorrem semelhanças em muitas histórias de vida, além de estarmos submetidos ao mesmo conjunto de influências sociais. Todo esse contexto pode gerar afinidades ou desavenças no dia-a-dia do casal. Dependendo da disponibilidade em aceitar o outro, até mesmo as diferenças podem propiciar oportunidades de crescimento e evolução. Para que isso ocorra, precisamos nos abrir para as necessidades do nosso cônjuge, compreendendo-o e respeitando sua individualidade. À medida que amadurecemos emocionalmente, percebemos melhor nossas limitações e arestas, de tal forma que fica mais fácil identificar até onde precisamos mudar, ou não. Essa conscientização pode nos tornar indivíduos melhores, mais suaves, mais harmônicos, mais integrados.

Muitas pessoas acreditam que para alguém amar, seja necessário evitar sentimentos ruins, ou negativos. Ora, magoar e ser magoado, sentir e provocar raiva, ignorar e ser ignorado, tudo isso faz parte da construção do aprendizado do amor. O importante é perceber que podemos experimentar sentimentos contraditórios, desde que tenhamos a humildade de reconhecê-los e, em seguida, superá-los. Para isso, precisamos estar abertos ao diálogo e ao perdão. A edificação de um lar harmonioso passa pela capacidade de respeitar opiniões contrárias, não guardar ressentimentos, saber ouvir com o coração, além de não exigir que nosso cônjuge mude, somente para nos agradar. Às vezes é pelo silêncio de um de nós que o outro recupera a calma, perdida durante um momento de atrito. E a reconciliação fica completa quando, oportunamente, ocorre um diálogo que leve ao entendimento gratificante. Para ilustrar isso, vou citar o verso de uma canção que diz mais ou menos assim: “quero deitar no seu abraço e retomar o pedaço que falta no meu coração”. Digo isso porque todo casal fica feliz quando supera suas desavenças e se reconcilia.

Do ponto de vista prático, posso citar alguns exemplos de atitudes que favorecem uma boa convivência. São os seguintes:

  • Não competir para ter razão. Se os dois estão irritados, fazer todo o possível para não brigar. É mais prudente e proveitoso fazer silêncio e esperar o momento adequado para um diálogo.
  • Não fazer referência a erros passados. Essa espécie de contabilidade só afasta o casal e reabre antigas feridas, impedindo que cicatrizem.
  • Ao cometer um erro, saber admiti-lo e pedir desculpas.
  • Não descuidar das manifestações de afeto, qualquer que seja o tempo de vida conjugal.
  • Valorizar as qualidades do(a) parceiro(a), pois todos nós apreciamos um reconhecimento sincero.
  • Ser atencioso e solidário com o outro, no cotidiano – quer nas dificuldades ou nas aspirações.

Há muitas outras sugestões que poderiam ser lembradas aqui, mas não creio que seja necessário me alongar. O mais importante é ter clareza de que o bom convívio de um casal requer desprendimento e muita reciprocidade nos valores essenciais (confiança, respeito, dedicação etc). Há que se investir o tempo todo no relacionamento. Só assim poderemos merecer a ventura de saborear, por inteiro, as alegrias proporcionadas pela chegada de nossos filhos e netos!

Para finalizar, gostaria de citar uma frase da Madre Teresa de Calcutá, quando ela diz que “é fácil amar os que estão longe, mas nem sempre é fácil amar os que vivem ao nosso lado”.

E São Paulo nos diz “E é isto o que eu peço: que vosso amor cresça cada vez mais, em conhecimento e em sensibilidade, a fim de poderdes discernir o que mais convém.” (Filipenses 1,9).

Sim, eu creio nessas palavras! O amor pode se intensificar e aumentar com o passar do tempo. Por isso mesmo, coloquei o título desse artigo no gerúndio…

 

 

Nosso louvor agrada a Deus

057-Maos057-Maos          Nosso Louvor Agrada a Deus!

 

“Portanto, ofereçamos sempre por Ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o Seu Nome”.

                                                                                     Hebreus 13, 15

 

O Louvor é uma forma de agradecimento ao Senhor por tudo o que Ele tão amorosamente nos dá. Há tanto pelo que podemos louvar a Deus: pela chuva, pelo Sol, pelos animais, pelas criancinhas, por termos saúde. Mesmo quando estamos doentes, podemos agradecer por não ser pior e porque podemos nos aproximar mais dEle nesses momentos de dor e aflição.

Na verdade, deveríamos estar sempre louvando a Deus por tudo, pois todas as coisas que nos ocorrem fazem parte de um grande aprendizado, se assim desejarmos que o Senhor use essas situações para nos orientar. Existe um ditado muito verdadeiro que diz que podemos reclamar pelos espinhos que a rosa tem, ou podemos nos alegrar porque os espinheiros têm rosas. A opção é nossa e, de acordo com a decisão que tomamos, vamos nos alegrar ou ficar bem desanimados. Então é melhor aprendermos a ver o bem e todas as boas possibilidades que uma dificuldade contém, pois só assim vamos sempre ter um ‘espírito de louvor’.

O louvor é poderoso, pois é uma atitude positiva e mostra que estamos cheios de fé no poder Divino. Mesmo quando tudo vai mal, deveríamos ter uma atitude positiva, porque assim poderíamos ver melhor uma saída, onde não parece ter uma…

 

———— Oração ——————————————————-

Senhor, que os meus lábios O louvem continuamente, tanto na alegria como na tristeza, pois se o Senhor pode reverter meu pranto em riso, como posso deixar de agradecê-Lo e louvá-Lo? Amém!

NOTA: extraído do livro “Momentos com Deus” pag. 358, editora SBN.

Sobrinhos que mais parecem filhos…

Hoje recebi um telefonema de um dos meus sobrinhos que moram em Campo Grande, Mato Grosso do Sul: Flávio Augusto! É impossível descrever o quanto fiquei feliz ao conversar com ele e esse sentimento me fez refletir sobre o lugar que o Flávio e seus irmãos ocupam, no meu coração! Pela ordem de nascimento, Guilherme, Flávio Augusto e Gustavo – são filhos da minha querida irmã, Cristina, que sempre incentivou o contato dos filhos com o restante da família. Mesmo morando a 1500 km de distância, o carinho que recebo dos meus sobrinhos é tão grande e genuíno, que até me esqueço que estamos distantes, do ponto de vista geográfico! Essa proximidade emocional é sentida, também, pelos meus filhos, sem sombra de dúvida!!! Quando têm oportunidade de se encontrar, a afinidade é tão natural e imediata, que até parece que os primos moram na mesma cidade…

Pela atenção e verdadeiro afeto que recebo dos meus queridos sobrinhos, posso afirmar que eles mais parecem filhos, de tão dedicados que são!!! Sendo assim, eu os incluo nas minhas orações diárias, pedindo a Deus que os proteja sempre, bem como a seus familiares, a quem tanto amo, também!!!

O Guilherme, que é meu afilhado, faz questão de vir a Belo Horizonte no dia do meu aniversário!!! Tem presente melhor do que este?

O Gustavo, exímio em fotografar momentos especiais, está sempre me presenteando com fotos e vídeos de suas filhinhas, que para mim são como netas muito queridas!!! Aliás, todos eles ensinaram aos filhos a me chamar de vovó Lolô!!! Fico muito feliz e lisonjeada por mais esse gesto de carinho!!!

Dá para perceber que para mim é fácil me sentir uma pessoa privilegiada e dar graças a Deus, todos os dias!!!

Agradeço, de coração, por toda a dedicação dos meus queridos sobrinhos-filhos!!!

 

 

Valorizando mais a vida…

Valorizando mais a vida… 

No último dia 13/9 fez um ano que meu marido se foi para o reino de Deus, deixando lembranças muito preciosas, que ajudam a conviver com a imensa saudade que ficou…

Como mãe de filhos e filhas, posso afirmar que todos eles me proporcionam um carinho redobrado, após a morte do pai. É justamente isso que torna mais fácil suportar minha nova condição de viúva! Afinal, depois de quase 50 anos de casada, confesso que ainda não me acostumei com esse novo estado civil. Tanto assim, que ainda continuo a usar minha aliança…

Pensando em tudo isso, quero me dirigir às mães que já estão na terceira idade, como eu. Fico muito impressionada com a frequência com que certas mães se tornam dependentes dos filhos, seja por serem portadoras de alguma doença grave (mal de Alzheimer, por exemplo), seja porque deixaram de lutar pela vida, após a morte do marido. Acredito que todas elas gostariam muito de agradecer pela dedicação dos filhos, mas de alguma forma deixaram de fazê-lo quando tudo estava bem.

A jornalista Leila Ferreira escreveu um artigo muito interessante e comovente, intitulado “Mães que se tornam filhas”, publicado na revista Encontro, de maio de 2015. Na condição de filha, ela descreve muito bem os sentimentos que experimentou e experimenta, mesmo após a morte da mãe…

Na condição de mãe, quero falar de como me sinto, aos 71 anos, cercada pelo carinho de toda a minha família. O sentimento é de gratidão, no mais amplo sentido da palavra: gratidão a Deus, pelo dom da vida e pela família maravilhosa que Ele me deu de presente!

Além dos filhos e filhas, há também as noras e os genros, bem como netos e netas que, dia após dia, me dão a certeza de que viver vale a pena e cuidar da saúde é ESSENCIAL!!! Peço a Deus que me dê mais um presente: ter boa saúde para desfrutar da alegria de conviver com pessoas tão queridas e dedicadas, por muitos e muitos anos!!!

E, finalmente, quero lembrar às mães que vivem situação semelhante à minha, que não deixem de expressar gratidão a seus familiares, pois não sabemos como será o dia de amanhã… Seria maravilhoso que pudéssemos continuar no nosso papel de mães até ficarmos bem velhinhas, mas não sabemos qual é o futuro que nos aguarda. Portanto, duas atitudes me parecem indispensáveis: devemos dizer para nossos filhos e filhas – e demais familiares – o quanto nós os amamos e somos gratas pela dedicação que nos dispensam. E devemos zelar pela nossa saúde o tempo todo, como uma espécie de estratégia para continuarmos a exercer o papel de MÃES com discernimento e lucidez, podendo apoiar tantas pessoas queridas de tal forma, que nossa oração seja uma perfeita ação de graças, dia após dia!!!

 

 

 

 

 

 

 

Falando de Psicologia… e Fé.

Vocação tem a ver com felicidade?

 

   Qualquer pessoa sabe da importância de se sentir bem no desempenho de uma tarefa. Muitas vezes até surgem comentários do tipo: “isso foi feito com muito amor”, “eu amo o que faço” e assim por diante.

    Do ponto de vista psicológico, faz sentido associarmos a ideia de felicidade ao trabalho realizado por amor. E do ponto de vista da fé, podemos lembrar as palavras de Jesus, quando nos ensina a amar nosso próximo como a nós mesmos. O serviço bem feito também é uma forma de expressarmos o nosso afeto e a nossa consideração pelo outro.

   Um exemplo de determinação e de amor é, sem dúvida, o de Madre Teresa de Calcutá.

   Conta-se que, uma vez, ela pediu um conselho ao seu confessor a respeito da própria vocação, perguntando como poderia saber se Deus a estava chamando e para que Ele a estava chamando. O confessor respondeu: “Você saberá por intermédio da sua felicidade. Se estiver feliz com a ideia de que Deus a chama para servi-Lo e a seu próximo, essa será a prova de sua vocação. O contentamento profundo do coração é como uma bússola que indica a estrada da vida. É preciso segui-la, ainda que você entre por um caminho cheio de dificuldades”.

   O cardeal D. Eusébio Scheid, arcebispo da arquidiocese do Rio de Janeiro, descreve bem a vocação ligada à ideia de amor, quando afirma: “Definitivamente, não se realiza quem não ama com o amor de Deus. Não descobre sua vocação quem não descobriu o amor. Não será feliz quem pensa só em si e deixa de lado as preciosas atitudes de generosidade, gratidão e amor a Deus e ao próximo. Pelo contrário, enxerga com clareza onde está sua vocação (no ministério sacerdotal, no matrimônio, na vida consagrada, na vida profissional…) quem ama o Senhor e tudo o que Ele nos dá. O amor de Deus, em nós, vai desvendando os caminhos que devemos percorrer para que os desígnios divinos se cumpram”.

   Confúcio, professor, filósofo e teórico político chinês disse: “Escolha um trabalho que você ame e não terá que trabalhar um único dia em sua vida”.

   Ele, naturalmente, quis dizer que, se alguém escutar seu chamamento interior e atendê-lo, sua tarefa lhe será leve, resultando em alegria e satisfação pessoal, sem aquela conotação de algo penoso, difícil de suportar.

   Peço licença para relatar algo que aconteceu comigo, nos primeiros anos de formada em Psicologia. Um dia, ao chegar da clínica onde meu marido e eu éramos sócios (ele era psiquiatra e ambos atuávamos como psicoterapeutas), começamos a conversar e, num dado momento ele me disse mais ou menos essas palavras: “Fico impressionado com a maneira com que você vive o seu trabalho. A julgar pela leveza com que chega em casa, mais parece que você encontrou um hobby, só que vivido com muita responsabilidade. A sua alegria chega a me contagiar…” Esse fato me marcou tanto, que nunca mais o esqueci. Peço a Deus que eu consiga viver de tal forma que, a cada dia, eu possa atender à minha “voz interior”, mas que esse chamamento esteja em sintonia com aquilo que Deus espera de mim. Que eu possa, no final da minha vida, me sentir como no poema “Mãos postas”, de Dom Helder Câmara, onde ele mostra um desejo grande de se sentir como duas mãos que se unem em oração: uma representando a vida que levamos, a outra representando o plano de Deus para nós. Se elas se sobrepõem harmoniosamente, podemos imaginar que conseguimos ouvir o chamamento divino e que valeu a pena prestarmos atenção à voz do Pai…

Quero finalizar, citando um pequeno trecho do livro “Espiritualidade a partir de si mesmo”, dos beneditinos Anselm Grün e Meinrad Dufner: “… Deus não nos fala unicamente através da Bíblia e da Igreja, mas também através de nós mesmos, daquilo que nós pensamos e sentimos, através do nosso corpo, de nossos sonhos, e ainda através de nossas feridas e de nossas supostas fraquezas…”