Arquivo | agosto 2022

Falando de Psicologia – (43) – As barreiras internas de certos pais.

As barreiras internas de certos pais

 

Incentivar a criança, estimular sua iniciativa, ajudá-la a substituir comportamentos inadequados por outros, mais aceitáveis – tudo isso costuma ser muito recomendado por psicólogos e outros profissionais que lidam com crianças. Como é o caso do pediatra ou da professora.

No entanto, há muitos pais que, mesmo seguindo as orientações recebidas, nem sempre conseguem obter bons resultados.

Seria oportuno indagar então: por que às vezes é tão difícil, embora seguindo as instruções dadas, mudar um comportamento do filho? Em outras ocasiões a pergunta é um pouco diferente: por que às vezes fica tão difícil colocar em prática o que em teoria nos parece tão simples?

Ora, dificuldades dessa natureza costumam existir em função da maneira como os pais se colocam  frente à conduta do filho. E, para que se obtenham bons resultados ao tentar qualquer tipo de mudança (nas próprias atitudes e no comportamento do filho) alguns requisitos são necessários. Assim, os pais precisam:

  • Ter em mente qual o objetivo a que se propuseram, ao tomar certas atitudes em relação à criança.
  • Estar atentos aos próprios sentimentos e aos sentimentos da criança, no momento em que se relacionam com ela. Sobretudo se o objetivo for a mudança de um comportamento do filho.
  • Acreditar nas medidas que pretendem executar.
  • Estar seguros no desempenho de seu papel.
  • Acreditar na capacidade do filho em mudar.
  • Aceitar as mudanças que porventura ocorram.
  • Zelar pela manutenção das mudanças obtidas.

Para esclarecer melhor, vejamos dois exemplos.

       Quando a criança é inapetente.

Alguém disse à mãe que, para acabar com a “falta de apetite”, o melhor é mostrar despreocupação pelo fato e deixar a criança procurar alimento quando tiver vontade. Mas a medida não deu resultado. Por que será?

A mãe pode por em prática sugestões como esta, mas só isso não é suficiente para eliminar uma conduta indesejável. Não basta simular uma atitude de aceitação pela inapetência do filho, se no fundo ela  experimenta sentimentos bem incômodos em relação a isso. A mãe pode ter, por exemplo, um medo muito grande de ver o filho desnutrido. Ora, se ele não come direito, por mais que ela tente disfarçar sua preocupação, alguma atitude sua acabará mostrando ao filho o que se passa com ela. E a criança, com certeza, sentirá que, de uma forma ou de outra, continua sendo alvo das atenções da mãe. E qual é a criança que não deseja isso?

Quanto à atuação do filho na escola.

A mãe leu (ou ouviu) em algum lugar que não se deve ajudar a criança nos exercícios escolares. Mas, no fundo, ela não acredita que o filho possa se sair bem sozinho. Daí, deixa de auxiliá-lo, mas não consegue esconder sua preocupação – olha a mochila na ausência do filho, faz perguntas ansiosas sobre o que ocorreu na escola, e assim por diante.

Muitos outros exemplos poderiam ser lembrados aqui. No entanto, estaríamos repisando o mesmo ponto: não basta saber o que é melhor para um filho, se os pais não reúnem, dentro de si, certos requisitos como aqueles já citados. Em outras palavras, o conhecimento puramente intelectual de um fato não é suficiente para operar mudanças nas atitudes dos pais ou no comportamento dos filhos. É preciso, antes de qualquer coisa, que se eliminem as barreiras que possam existir dentro de cada um, para que os pais consigam ter uma atuação mais satisfatória junto aos filhos.

 

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Salmão ao molho béchamel.

Salmão ao molho béchamel

  • 1 filé de salmão (com a pele) pesando 1.200 g, mais ou menos.
  • 300 g de muçarela ralada ou fatiada, para finalizar o prato e gratinar, pouco antes de servir.

Para o molho béchamel:

  • 1 litro e meio de leite.
  • 2 cebolas médias.
  • 6 cravos da Índia.
  • 2 folhas de louro (secas ou frescas).
  • 1 cenoura.
  • 4 dentes de alho.
  • Sal, pimenta do reino, noz moscada ralada.
  • 3 colheres (sopa) de manteiga.
  • 3 colheres (sopa) rasas, de farinha de trigo peneirada.

Modo de fazer:

Retire a pele do salmão e reserve.

Corte o salmão em cubos e tempere levemente com sal. Reserve.

Prepare uma espécie de brodo com:

  • Leite fervente.
  • Pele do salmão.
  • Alho, cenoura.
  • Cebolas, onde se prendem as folhas de louro com cravos da Índia. Esse processo recebe o nome de “cebola piquet”, que transfere sabor e aroma ao molho.

Deixe ferver por 15 minutos, ou até que o leite esteja devidamente saborizado. Coe esse leite por uma peneira e complete o volume do leite que evaporou.

Tempere com sal, pimenta do reino moída na hora e noz moscada ralada, a seu gosto. Muito cuidado para o sabor dos temperos não sobressair mais do que o sabor do salmão!

Dica da Malu: antes de espessar o molho béchamel, dê um choque térmico no salmão, mergulhando – no leite fervente – pequenas porções de cubos do peixe, com o auxílio de uma concha, tipo concha de feijão. Esse cuidado “sela” o salmão, evitando que libere muito líquido depois. Retire do leite e reserve.

Para finalizar:

  • Aqueça a manteiga e adicione a farinha de trigo, deixando cozinhar por alguns minutos.
  • Retire a panela do fogo e vá colocando o leite fervente aos poucos, SEMPRE mexendo essa mistura com o auxílio de um fouet. Volte a panela ao fogo baixo, para não empelotar. Continue mexendo até ficar um molho bem cremoso.
  • Coloque os cubos de salmão no molho béchamel e prove, para o caso de precisar de algum tempero.
  • Escolha um refratário bem bonito e coloque essa mistura.
  • Cubra com muçarela ralada ou fatiada e leve ao forno pré aquecido, para gratinar.

Sirva acompanhado, apenas, por uma salada simples e arroz branco.

Bom apetite!

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Nota: essa receita me foi passada pela Malu, namorada do meu neto Gabriel. Ambos muito queridos!

Comi esse salmão e gostei tanto, que pedi a receita!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Salpicão de atum.

Salpicão de atum

Ingredientes

  • 1 lata de atum em pedaços, sem óleo.
  • 4 xíc. (chá) de repolho fatiado bem fininho.
  • 1 xíc. (chá) de cenoura ralada bem fininha também.
  • 1 maçã grande, picada em cubinhos (com ou sem casca).
  • 1 xíc. (chá) de palmito picado.
  • Meia xíc. (chá) de passas (claras ou escuras).
  • Meia xíc. (chá) de cebolinha picada.
  • 2 colheres (sopa) de cebola roxa picadinha (lave e escorra, para atenuar a acidez, que poderia causar mal hálito).

Ingredientes para o molho

  • 1 caixinha e meia, de creme de leite.
  • 2 colheres (sobremesa) de mostarda amarela.
  • 2 colheres (sobremesa) de suco de limão.
  • 5 colheres (sopa) de azeite.
  • 2 colheres (café) rasas, de sal.
  • 1 colher (café) de molho de pimenta Tabasco. Esse ingrediente é indispensável, pois valoriza o sabor do molho e não sobressai em relação aos demais ingredientes.
  • 1 dente de alho bem pequeno, totalmente triturado.

Modo de fazer:

Misture os ingredientes do primeiro grupo e reserve.

Misture os ingredientes do molho e bata, com um fouet pequeno, para emulsionar bem.

Misture tudo e sirva o salpicão bem gelado.

IMPORTANTE: se você prefere um sabor mais forte de atum, aumente a quantidade do mesmo – uma lata e meia ou duas latas.

 

Falando de Psicologia – (42) – A criança e a fé.

A criança e a fé

     A Bíblia nos ensina, em Hebreus, capítulo 11, versículos 1 e 3: “A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê. Pela fé reconhecemos que o mundo foi formado pela palavra de Deus e que as coisas visíveis se originaram do invisível”.

E o que dizer da fé infantil?

Em seu livro “Fé e vida crescem juntas”, Íris M. Boff Serbena nos mostra como evolui a fé da criança. Também outros autores, como James W. Fowler (“Estágios da fé”) e Sofia Cavalletti (“O potencial religioso da criança”) nos fornecem subsídios valiosos para compreendermos o desenvolvimento da criança na sua maneira de se relacionar com Deus.

Vejamos os conceitos de fé do ponto de vista psicológico.

Até os seis anos, Deus é percebido pela criança mais pelo afeto do que pelo intelecto, através das experiências de amor, confiança e aceitação. A confiança que os filhos depositam nos pais projeta-se para Deus, nascendo daí a linguagem da fé. Ou seja, a imagem de Deus vai sendo construída, aos poucos, pelos elementos fornecidos pelos adultos.

Muito antes de a criança ser capaz de discernir claramente os valores e crenças dos pais, ela sente a coerência entre o que eles ensinam e o que eles fazem. Daí a importância da confiança que se desperta e se mantém, desde cedo. Assim, a criança pequena atribui, aos pais, um poder que ultrapassa seus limites humanos. Cabe a eles a tarefa de auxiliar cada filho na transposição da fé humana para a fé divina. Isso ocorre, sobretudo, por meio do exemplo e da vivência religiosa. Ou seja, se os pais e outros adultos de seu relacionamento confiam em Deus, a criança passa a confiar nele.

Durante muito tempo a criança vivencia uma fé antropomórfica, imaginando Deus em forma de pessoa. Evidentemente, a maneira como ela percebe seus pais vai influenciar, e muito, a imagem que poderá ter, de Deus. Além disso, muitos estímulos devem ser oferecidos para que a fé se desenvolva a partir das necessidades infantis. Por exemplo, quando uma criança, antes de dormir, pede a seus pais que lhe contem uma história, o que ela quer, na verdade, é tê-los ao seu lado, naquele momento, para poder adormecer tranqüila e segura. O mesmo se pode dizer da oração e dos ensinamentos bíblicos. Dependendo de certas atitudes dos pais, a fé da criança ficará reforçada, ou não, em função do grau de proximidade criado, seja em qualquer hora do dia ou da noite, gerando sentimentos que certamente ficarão gravados por muito tempo…

No que se refere aos textos bíblicos, os adultos podem escolher narrativas que inspirem muita confiança e que apresentem a imagem de um Deus que está próximo, que é amigo, que ama, acolhe e perdoa. O sofrimento e o mal podem e até devem ser abordados, mas de modo a auxiliar a criança a trabalhar seus próprios conflitos, medos e tensões. O importante é que se tenha um cuidado teológico e psicopedagógico, levando em consideração a mensagem que se quer transmitir, dentro da perspectiva da criança (ou seja, respeitando-se a faixa etária, a maturidade e o contexto vivido por ela).

Podemos concluir que os primeiros e principais responsáveis pela fé das crianças são seus pais.

Em síntese, como as famílias podem transmitir a fé a seus filhos?

  1. Pelo testemunho da fé (pelo amor e respeito entre os pais e em relação às outras pessoas).
  2. Pela Palavra: “A Palavra de Deus adquire sentido concreto quando se torna realidade na pessoa humana” (São João Paulo II).

A Bíblia é indispensável na catequese em família.

  1. Pela espiritualidade (cultivando os desejos da oração, da escuta e da Palavra, da liturgia, da fraternidade).

Gostaria de finalizar esse artigo lembrando outra citação bíblica: “Ensina à criança o caminho que ela deve seguir; mesmo quando envelhecer, dele não se há de afastar” (Pr 22,6).

 

 

 

 

 

 

Nhoque prático.

Nhoque prático

Ingredientes:

  • 10 batatas médias (1 quilo), de preferência do tipo Asterix, aquela que tem a casca avermelhada. Essa batata contém menos líquido, tornando a “massa” mais indicada para nhoque.
  • 2 gemas peneiradas (para retirar o cheiro de ovo).
  • 1 ½ xícara (chá) de amido de milho peneirado.
  • 1 colher (sopa) de manteiga.
  • 1 colher (chá) de creme de alho. Ou 2 dentes de alho (pequenos) muito bem amassados.
  • Molho à sua escolha (ao sugo, bolonhesa ou 4 queijos).
  • Parmesão ralado.

Modo de fazer:

  • Cozinhe as batatas descascadas, em água com sal. Prove a água, para avaliar se a quantidade de sal foi suficiente.
  • Escorra e passe pelo espremedor com as batatas ainda quentes.
  • Adicione as gemas e misture bem.
  • Adicione o amido de milho e misture até a massa de batata ficar homogênea.
  • Aqueça uma frigideira grande e coloque a manteiga e o alho. Quando começar a fritar, coloque a massa de batata toda de uma vez e abaixe o fogo. Com uma colher de pau, vá “sovando” a massa, até soltar da frigideira, tal como massa de coxinha.
  • Retire do fogo, deixe esfriar e modele os nhoques, do jeito tradicional: faça rolinhos e corte em pedaços iguais, com 2 centímetros de diâmetro, mais ou menos.
  • NÃO PRECISA COLOCAR EM ÁGUA FERVENTE!
  • Escolha um refratário médio, forre com o molho escolhido e alterne camadas de nhoques e molho. Finalize com bastante parmesão de boa qualidade.
  • Leve ao forno por 20 minutos, ou até que fique tudo bem aquecido.
  • Sirva como prato único, ou acompanhado de salada e arroz.

Observações:

  • Essa massa pode ser feita com batata doce ou com baroa (mandioquinha).
  • Se quiser servir um nhoque diferente, faça cordões mais grossos e corte pedaços de 5×3 cm, mais ou menos. Aqueça uma frigideira e coloque um pouco de azeite e manteiga para selar alguns nhoques por pessoa. Sirva bem quentes, com pouco molho – no mesmo prato, ou à parte.
  • Os nhoques podem ser congelados em aberto e depois acondicionados em saco plástico.

 

BOM APETITE!!!

 

 

 

 

 

 

 

Arroz doce gourmet, perfumado.

Arroz doce gourmet, “perfumado”

Ingredientes:

  • 1 xícara (chá) de arroz comum, sem lavar, pois o amido vai ajudar na cremosidade do doce.
  • Água o suficiente para cobrir o arroz, dentro de uma panela de pressão.
  • Meia xícara (chá) de açúcar.
  • 1 gema, sem a película (passe numa peneirinha).
  • 3 tiras de casca de limão.
  • 1 colher (chá) bem cheia, de raspas de laranja.
  • 1 pau ou casca de canela.
  • 1 colher (das de café) rasa, de sal.
  • 1 colher (sobremesa) bem cheia, de manteiga (não use margarina).
  • 4  xícaras (chá) de leite.
  • Meia xícara (chá) de leite condensado (ou mais, se preferir mais doce).
  • Canela em pó para polvilhar sobre o doce, depois de pronto.

Modo de fazer:

  • Cozinhe o arroz na panela de pressão por 20 minutos, ou até a água secar, sem agarrar arroz no fundo da panela.
  • Passe o arroz cozido para outra panela, para ficar mais fácil de mexer e controlar o ponto certo. Gosto de mexer com uma colher de pau que só uso para doces.
  • Antes de ligar o fogo, coloque os demais ingredientes, menos o leite condensado.
  • Deixe ferver até ficar cremoso.
  • IMPORTANTE: fogo alto até começar a ferver e depois fogo baixo, mexendo sempre, para o doce não agarrar e para o arroz ficar mais macio, sem virar uma papa.
  • Quando o doce começar a soltar das laterais da panela, adicione o leite condensado. Deixe ferver um pouco e desligue o fogo. O arroz doce estará pronto.
  • Prove e acrescente – ou não – o que julgar necessário.
  • Retire a canela em pau e as tiras de limão.
  • Coloque numa compoteira com tampa e leve à geladeira.
  • Na hora de servir, polvilhe canela em pó sobre a porção que será servida.

Nota: mantenha o arroz doce na geladeira, bem tampado, para não ressecar na superfície.

Bananas flambadas.

Bananas flambadas

(para 4 porções)

Ingredientes:

  • 4 bananas nanica maduras, mas firmes.

Para a calda:

  • 1 xícara (chá) de açúcar.
  • 1 colher (sopa), cheia, de manteiga.
  • 1 colher (chá) de canela em pó.
  • Suco de duas laranjas (pera ou Bahia).

Para flambar:

  • Meia xícara (das de café) de conhaque.

Modo de fazer:

  • Descasque as bananas e corte cada uma delas ao meio, no sentido horizontal. Reserve.
  • Escolha uma frigideira grande; aqueça e derreta, nela, o açúcar e a manteiga. Sempre em fogo baixo e mexendo o tempo todo, para derreter bem. Fica um caramelo claro.
  • Adicione a canela e o suco de uma laranja.
  • Disponha, lado a lado, as bananas reservadas. Deixe que absorvam o sabor da calda, por alguns minutos. Adicione o restante do suco de laranja e deixe ferver mais um pouco.
  • Adicione o conhaque e flambe. Para quem nunca fez isso, sugiro que pesquise na internet, para aprender com um vídeo e não se queimar.

Para servir:

Para cada pessoa, coloque duas fatias de banana flambadas, levemente cobertas com calda quente, num prato de sobremesa. Complemente com uma bola de sorvete de creme, ou no sabor de sua preferência.