Arquivo | fevereiro 2022

Escondidinho de carne de sol.

Escondidinho de carne de sol

  • 1 quilo e meio de carne de sol (alcatra), com pouco sal.
  • 1 quilo de mandioca (aipim ou macaxeira), descascada.

Lave a carne para retirar o sal. Corte em pedaços, após retirar a gordura com uma faca afiada. Tempere com vinho, alho, cebola ralada e um pouco de pimenta do reino. Não use sal. Tempere de véspera, incluindo a gordura.

No dia seguinte, refogue a carne e a gordura, deixando fritar aos poucos. Vá pingando água até a carne corar por igual. Descarte a gordura (que só foi usada para dar sabor à carne). Reserve a panela com o “caramelo” que se formou no fundo (você vai precisar dela  para dar sabor à carne, depois de cozida e desfiada).

Coloque a carne para cozinhar em panela de pressão, com água suficiente para cobri-la. Adicione 2 tabletes de caldo de picanha  – ou de carne – e deixe cozinhar bem.

Retire do caldo e desfie a carne.

Na panela onde você havia dourado a carne, logo no início do preparo, coloque 1 colher (sopa) de manteiga ou margarina e frite uma cebola grande, ralada. Junte a carne desfiada e deixe tomar gosto. Verifique o sabor e acrescente o tempero que julgar necessário. Coloque num pirex grande. Por cima da carne, espalhe um purê de mandioca. Leve ao forno para aquecer bem e gratinar ligeiramente.

Purê de mandioca

Cozinhe a mandioca após retirar as fibras do meio de cada pedaço. Escorra. Passe – ainda quente – pelo espremedor de batata (ou no processador).

Tempere com:

  • 1 colher (sopa) bem cheia, de manteiga ou margarina
  • 2 gemas
  • 1 cebola (média) ralada
  • Sal
  • 1 xícara (chá) de queijo ralado.

Se quiser, espalhe mais queijo ralado por cima do purê, antes de levar ao forno (o gratinado fica mais bonito).

Sirva bem quente, acompanhado de arroz branco e salada de folhas e frutas, a gosto.

 

Observações:

  • Você pode substituir a carne de sol por camarão, bacalhau, carne moída ou frango. Mas o melhor resultado ainda é com carne de sol.
  • Além do purê de mandioca, você pode alternar camadas de purê do legume de sua preferência. Por exemplo, abóbora moranga, baroa (ou mandioquinha), batata doce, inhame…

 

 

Histórias da Vovó Lolô – Memória afetiva x comida de vó.

             Memória afetiva x comida de vó

Hoje em dia fala-se muito em memória afetiva ligada à figura de uma avó super habilidosa nas artes culinárias. Em contrapartida, são muito valorizados os grandes chefs de cozinha da atualidade…

Quem me conhece sabe o quanto me interesso por culinária, em geral – desde que me entendo por gente! E foi justamente com minha avó materna (a outra avó faleceu poucos dias antes do meu nascimento, infelizmente) – que eu aprendi a fazer diferença entre uma comida bem feita, e outra feita “por obrigação”; a diferença entre um trivial apetitoso e uma comida de festa sem sabor…

A minha avó dizia que “arroz e feijão bem feitos dispensam complementos”. E quais seriam esses complementos? Carnes, massas, legumes e até mesmo as verduras da sua horta. Sabe o porquê? Ela caprichava tanto nos sabores e pontos de cozimento, que era comum nos contentarmos com o seu “arroz com feijão” sem acompanhamentos.

Minha mãe e várias tias, também, sabiam cozinhar muito bem…  Mas, isso não é privilégio só da minha família, é claro!

Do ponto de vista psicológico, a expressão “memória afetiva” pode estar relacionada a muitas outras experiências da infância, que não passam, necessariamente, pela cozinha. Tive uma tia que me levava ao cinema todo domingo de manhã e me comprava mini buquês de amor perfeito, uma das minhas flores preferidas, junto com as tulipas… Outra tia gostava de encher o carro com as crianças (os próprios filhos e os sobrinhos dela), para passear em lugares muito interessantes, ou para irmos nadar no Minas Tênis Clube.

Posso afirmar, sem exagero, que tios e tias também me deixaram “memórias afetivas” muito pontuais, de acordo com a personalidade de cada um(a).

Agradeço a Deus pelo “baú” de boas lembranças que Ele me deu de presente!!!