Arquivo | novembro 2020

Falando de Psicologia – (39) – A fantasia, dos quatro aos dez anos.

A fantasia, dos quatro aos cinco anos

   Esse é um período muito marcante, no que se refere à fantasia da criança. Podemos dizer que, nessa época sua imaginação se torna tão fértil a ponto de influenciar bastante, o seu sono, enchendo-o de pesadelos e sonhos absurdos. Seu relato das ocorrências mais banais é tão rico em detalhes, que muitas vezes a criança passa por mentirosa. É que sua percepção dos fatos ainda está fortemente influenciada por suas fantasias e ela não consegue fazer distinção entre o real e o imaginário.

No período de transição – que vai dos cinco aos seis anos – a criança começa a se dar conta dessa diferença e, então, torna-se mais coerente naquilo que faz ou fala.

Aos seis, sete anos

   O pensamento da criança, agora, já começa a ser mais lógico. Principalmente quando seu desenvolvimento (sobretudo emocional) se processou normalmente.

Por volta dos seis ou sete anos, a realidade vai ocupando, aos poucos, o lugar da fantasia. E, com o ingresso da criança no ensino fundamental, esse processo vai se tornando cada vez mais nítido.

Dos oito aos dez anos

   A fantasia da criança, nessa idade, tem bases diferentes daquela encontrada nas fases anteriores. Seu pensamento torna-se cada vez mais racional e crítico. Com isso, ela se interessa pelos fenômenos da vida (origens, finalidades etc.) de uma forma que se aproxima da realidade que nós, adultos, conhecemos. E é por isso que, aos dez anos, uma criança, cuja evolução transcorreu sem maiores dificuldades, está apta a adquirir valores pessoais através de conceitos realistas e mais objetivos, da vida como um todo.

A fantasia que ainda persiste nessa época, aparece sob forma de antecipação do futuro. Ou seja, a criança sonha com sua vida adulta e com as vantagens de ter esse ou aquele status. Por exemplo: ser um engenheiro ou um médico, ser um ótimo mecânico como o pai, ser um famoso jogador de futebol, e assim por diante.